domingo, 21 de fevereiro de 2010

O velho candeeiro

(Jornal Cachoeiras em 20/02/2010)

Se não bastasse a crônica escuridão política e moral na qual estamos submersos, voltamos ao velho tempo do candeeiro, fruto do descaso e da indiferença da concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica, que todo mês dá um iluminado choque em nossos bolsos nos vendendo caro este serviço tão essencial.
O apagão, que acontece quase que diariamente, afeta a todos; deixa revoltadas as noveleiras de carteirinha, os fanáticos torcedores de futebol, os globalizados internautas, além dos que tem seus aparelhos eletrodomésticos danificados. Também deixam em pânico os escotofóbicos, nas trevas o comércio com o escurecimento dos seus lucros e todos os que amplamente dependem dos volts e das amperagens geradas, principalmente quando o sol de põe.
“Iluminados” ficam os seres da noite, os sorrateiros noturnos, os gatunos de ocasião, os eletrofóbicos, além dos que se deleitam com a energia transcendental se entregando poeticamente às luzes dos astros e estrelas, sem falar dos caçadores de óvnis, dos pesquisadores de pirilampos, dos seres das trevas e de outras coisas mais...
Com toda energia popular neles concentradas, nossos representantes eleitos pelos volts, ou melhor, pelos votos, deveriam emergir da escuridão e com as suas espadas ígneas iluminar essa penumbra para que os candeeiros permaneçam somente como ornamentos de nossas salas de estar.

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