sábado, 13 de março de 2010

Cães que matam

(Jornal Cachoeiras em 13/03/2010)

O coliseu foi palco de sangrentos combates quando os romanos levaram para o Império o pesado Mastiff inglês no primeiro século cristão para serem utilizados em confrontamentos com leões, texugos, ursos e macacos. Descendente do Old English Mastiff, o Bulldog inglês já mostrava semelhança com o atual Pit Bull.
Em Dog pits, famosa arena de cães em Londres do século XIX, o Old Bulldog era utilizado em sangrentos combates com outros cães e touros, para o deleite dos sádicos malucos daquela época.
Muitos sucumbiam pisoteados ou com as vísceras expostas pelas dilacerantes chifradas. Os touros, muito lentos ou cansados eram esbraseados com tochas, feridos com lanças ou tinham suas caudas quebradas para que continuassem no jogo. Vários cães eram utilizados nesses confrontos, que às vezes duravam horas.
Apesar de agressivos com outros animais os bulldogs eram muito lentos. Com intuito de eliminar esta característica indesejável, os criadores da época cruzaram-no com os destemidos Terriers, pela sua agilidade e determinação, originando o Pit terrier, Half and half, American Staffordshire e o Pit Bull Terrier.
Os ancestrais imediatos do Pit Bull são originários da Inglaterra e Irlanda do século XIX. Os americanos após muitos cruzamentos conseguiram um animal mais pesado, o American Pit Bull Terrier.
O Pit Bull é um animal que precisa de muito exercício físico, racionalidade e adestramento precoce, para evitar desvios de comportamento. Se tratado com afeto e humanidade, apesar de seu passado, é um animal leal, seguro, dócil e excelente cão de guarda e companhia.
Muitos confundem o Pit Bull com o Bull Terrier, o Bulldog Americano e o American Staffordshire, provavelmente devido à ancestralidade comum a essas raças.

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