sábado, 23 de julho de 2011

Nossos irmãos menores

Jornal Cachoeiras 23 07 2011

Muitas dessas criaturas são submetidas à humilhação e maus tratos, abduzindo o homem da esfera divina. Nas Sagradas Escrituras, a relação com os animais é abordada com profundo respeito e amor. São Francisco de Assis e São Felipe Neri mostraram através deles, o caminho para a evolução, cujo percurso, essencialmente, trilha em eucaristia com os seres viventes criados por Deus.
Os gansos que abastecem o execrável comércio de “joie gras” são entupidos de comida durante três semanas, além de terem os pescoços apertados por uma argola para que não regurgitem, e assim morrerem com seus fígados, uma dezena de vezes maiores do que o tamanho normal, convertidos num patê mórbido, degustado num rito lúgubre, por um seleto grupo aficionado pela “esteatose” induzida naqueles organismos animais.
Frangos padecem enclausurados e muitos são depenados vivos em calda fervente, animais circenses - eternos habitantes das jaulas -, divertem as crianças humanas nos picadeiros dos circos; combates sangrentos de galos, canários e cães, que se digladiam nos coliseus modernos, deleitam muitas almas insanas, e tantas outras espécies animais são desrespeitadas pelo elemento mefistofélico, que caminha com a existência humana.
Em muitas praças, touros sangram até a morte, enrobustecendo os egos sôfregos de turistas ávidos por derramamento de sangue e, nas “ruas de sacrifício” de algumas civilizações orientais, cães são cruelmente surrados até a morte, num anacrônico controle populacional.
Respeitar os entes da Natureza é estar em comunhão com o Divino, é não caminhar na contramão da evolução, é ir de encontro ao firmamento, é respeitar os céus.
Touros, galos, gansos e tanto outras obras do Criador, têm direito à existência plena, ou pelo menos dignidade na hora dos seus sacrifícios. Chegará o tempo em que um ato demente contra nossos irmãos menores será um dolo contra a própria humanidade.

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