Jornal Cachoeiras 16 07 2011
Os célebres cavalos Muhamed e Zarif deixaram a sociedade parisiense atônita no inicio do século XX, quando através de um alfabeto convencional conversavam com o seu dono, rico comerciante de Elberfeld, distrito de Wuppertal, na Alemanha; além de executarem difíceis cálculos matemáticos, inclusive raízes quadradas e cúbicas. Na época o Dr. Claparède, da Universidade de Genebra, qualificou o episódio como "o mais sensacional acontecimento jamais visto na Psicologia".
Alguns animais possuem elevado grau de inteligência e sensibilidade. Conseguem intuir nossos sentimentos, ou melhor, sentem o contexto emocional deles proveniente. Falsidade, ansiedade, ódio, afeto, tristeza, alegria, amor, e mentira podem não passar imperceptíveis. Um exemplo é a cadela “Lola” que conseguia notar através do odor, o estado d’alma do seu interlocutor, e da mula do profeta venal Balaão, que temendo a flamejante espada de um Anjo, empacou. Antes de se manifestar a Balaão, o Querubim quis tornar-se visível ao animal. Há quem diga que enxergam os espíritos e se assustam quando estes são mal intencionados.
De nada adianta agrados e palavras suaves com o intuito de persuadi-los, eles conseguem ver o que há por de traz da máscara humana. Devemos estar atentos a qualquer pessoa que seja encarada com desconfiança por um animal, dificilmente estarão equivocados em seu julgamento.
Em felinos a clarividência, a clariaudiência e a claripercepção são bem pronunciadas. Não é incomum observarmos estes animais extasiados, olhando para algo que não vemos. E também não é infreqüente cavalos que se recusam a transpor determinados obstáculos aparentemente invisíveis.
Cães que morrem após o falecimento do seu dono, baleias que se atiram nas areias da costa atlântica, insetos que impelidos por um irresistível fototropismo positivo e perecem torrados nas lâmpadas incandescentes, reforçam a crença de suicídio nos animais. Não está bem claro, se neles existe o “desejo” desta depressão reativa, já que não pensam na morte, diametralmente, e nem poderiam se matar com seus próprios meios. Mesmo não tendo uma idéia exata do morrer, talvez consigam através de um estado transcendental vislumbrar o “deixar de viver”.
Muitos conhecimentos relacionados à “psique animal” foram apagados durante a inquisição, no papado de Gregório IX, com a aniquilação dos que detinham importantes conhecimentos, como os feiticeiros, bruxas e videntes. Na Grécia Antiga, importantes filósofos viviam à margem da sociedade e muito do que sabiam a respeito do zoopsiquismo, não chegou até nós. Só agora, a poeira que encobre as filosofias pré-cristãs, está sendo espanada e os conhecimentos dos hereges e profanadores voltando à luz do conhecimento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário