sábado, 17 de março de 2012

Esterilização. Necessária e controversa

Na fêmea a contracepção se dá de três maneiras: pela supressão do cio já iniciado, seu retardamento temporário e anestro inflexível através da ablação do útero e ovários, no macho são retirados os testículos. São meios alternativos, a laqueadura e a vasectomia, nem sempre satisfatórios. Muitas são as vantagens da esterilização cirúrgica, tanto na esfera comportamental como na relacionada à prevenção de enfermidades ligadas a reprodução. Este procedimento é um forte aliado no controle populacional dos animais renegados e dos que domiciliados vagueiam pelas ruas. O método é eficaz quando contíguo a medidas elucidativas voltadas a posse com responsabilidade e ao respeito à vida. A matilha humana tem de ter a consciência desperta e sofrer medidas educativas e restritivas pro bem estar de nossos irmãos menores. Os que sofrem os percalços da vida errante podem albergar zoonoses, doenças comuns ao homem e animais. A esterilização cirúrgica suprime a pseudociese ou falsa prenhez e reduz significativamente a incidência de tumores mamários quando realizada antes do primeiro cio. Se feita após, a probabilidade tumoral aumenta e, depois do terceiro ciclo o efeito preventivo já não mais existe. As doenças sexualmente transmissíveis e o risco de graves infecções uterinas desaparecem com a ováriosalpingohisterectomia, embora a infecção possa acontecer na parte da cérvix uterina remanescente e desenvolver a síndrome do ovário persistente se sua retirada das gônadas for parcial. A cirurgia mutilante, segundo pesquisas, tem lá suas implicações: vulva infantil com dermatite recorrente, incontinência urinária, síndrome urológica felina, hipoandrogenismo, diminuição da atividade física voluntária e obesidade que, se não controlada, põe a saúde do animal em risco. Com a retirada da glândula sexual e seus hormônios o metabolismo decresce, a atividade física diminui e o limiar de saciedade aumenta, levando ao ganho de peso e suas consequências, que podem ser evitada com atitudes racionais e nutricionais. O despertar da sociedade para o problema vai de encontro à necessidade de ações voltadas aos nossos parceiros urbanos, que na convivência com o homem perderam sua autonomia relativa. A Associação Cachoeirense de Defesa Animal (ACDA) vem resgatar parte da dívida que contraímos com os animais domésticos ao longo dos tempos, proporcionando-lhes bem estar físico psicológico e norteando atitudes que vão de encontro ao zelo e ao respeito, imprescindíveis à ecologia social, fomentando a responsabilidade e consciência coletiva no trato com os animais. (Jornal Cachoeiras 17 03 2012)

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