domingo, 17 de janeiro de 2010

Misteriosas luzes

(Publicado no Jornal Cachoeiras em 16/01/1910)

Luzes misteriosas apareceram principalmente no passado, em várias partes da cidade e muitos são os relatos a seu respeito, uns fantasiosos e outros nem tanto. O curioso é que em alguns casos as colocações são feitas por pessoas isentas de qualquer suspeita.
Alguém me disse em certa ocasião que presenciou essas aparições reluzentes no morro do Tuim, e não era um nem dois, mas diversos pontos luminosos de vários tamanhos e cores que se confluíam e se afastavam. De todos os pronunciamentos, alguns apresentam uma similaridade , como o modo de deslocamento e a variação brusca da intensidade de luz. Já ouvi relatos do advento desses fenômenos na Boa Vista, Boca do Mato e no Parque Santa Luzia.
O que me levou a escrever sobre o assunto, foi que também presenciei por duas ocasiões no Ganguri, quando infante e já adulto, essas estranhas luzes, e quem não me deixa mentir é o meu cunhado Marcelo Poubel, presente naquela ocasião. Por algum tempo as bolas de luz ficaram visíveis numa sinistra dança sincrônica até desaparecerem num piscar de olhos. Naquele momento pensei em se tratar de caçadores ou pessoas indo para algum lugar carregando tochas incandescentes, mas esta hipótese não mantinha coerência com a velocidade de deslocamento; seria impossível alguém se mover no meio da mata com tamanha rapidez.
Gases liberados por bactérias, plasmas, miragens, minerais fosforescentes, manifestações ufológicas, acontecimentos sobrenaturais são as inúmeras cogitações na tentativa de explicar o inexplicável.
Fenômenos parecidos têm sido relatados em vários lugares em todo mundo. Um exemplo são as luzes de Brown Montains, na Carolina do Sul que tem intrigado cientistas.
Aristóteles, em Metaurus descreve um fenômeno parecido com o Fogo de Santelmo, bastante relatado na literatura portuguesa, que deixou apreensivo muitos navegantes. Também são retratados no romance de Andy Anderson, kill one, kill two e base para o seriado de televisão Arquivo X.
Seja lá o que for, estas luzes ainda fazem parte do desconhecido e pelo jeito ficarão assim por muito tempo

Um comentário:

  1. Não me considero uma pessoa livre de suspeitas, mas afirmo que vi uma meia dúzia de vezes essas luzes, quando criança e já adulta. Marcelo Poubel, bicho cabeça, com certeza viu mais vezes até. Elas não são um mito! Meu pai, Joãozinho Ferreira (Seu João da CEDAE) certamente, se vivo fosse, também teria muitas histórias para contar sobre elas.

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