quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

É quase Verão

Praias, sorvetes, banhos de rio, loiras geladas e aquele clima quente do verão a flor da pele.
Seria o verão da década, não fossem as balas perdidas e aquela botafoguense convicta, discípula do conde Drácula, que adora sorver com seu canudinho sangue humano, alguns contaminados por partículas virais da dengue.
Não passaria de uma simples picada, se a fêmea do Aedes aegypti não fosse promíscua, adentrando com sua probóscída nervosa, outras peles humanas à procura do néctar que viabilizará seu poder reprodutivo, aí é que o vírus da dengue deita e rola se propagando pelas multidões.
Há mais de duas décadas combatendo a dengue, os programas adotados têm se mostrado inócuos. Sendo a grande totalidade dos focos artificiais, isto é, criados pelo próprio homem, é imprescindível um forte envolvimento popular nas ações de combate, senão morbidades e mortalidades acontecerão.
Cada um tem o dever de ficar vigilante com relação a qualquer condição que propicie a formação de criadouros de mosquitos - que vai desde uma tampinha de garrafa a uma piscina não tratada.
Em tempo, só a fêmea do mosquito é hematófaga. Uma única reprodutora pode originar centenas de novos descendentes. É só ter à sua disposição depósitos de qualquer tamanho de água cristalina, de preferência na sombra.
Pelo andar da carruagem, erradicar o Aedes aegypti é utopia. Só resta minimizar ao máximo sua densidade e isso só se consegue com a sua participação.

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