sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cuidado com os carrapatos

Jornal Cachoeiras 12 02 2011

Cada fêmea matura centenas de ovos com o sangue tirado do seu hospedeiro que eclodirão num irrequieto bando de larvas sedentas. Em pouco tempo ela morrerá deixando milhares de descendentes.
Os cães são os preferidos da vampiresca investida dos carrapatos, por razões óbvias os acorrentados, os encarcerados, os ignorados e os mal tratados são os mais vulneráveis.
Diferente de outras espécies, o “carrapato vermelho” do cão tem geotropismo negativo. Procura esconderijo acima do solo, nos muros e paredes do canil. Um intenso parasitismo pode levar a uma severa anemia e maior probabilidade de adquirir graves doenças, como a erlishiose e babesiose, bastante comuns em nosso meio.
O “carrapato estrela” ataca cavalos, capivaras e com menor freqüência outras espécies, eventualmente nos abordam. Transmitem a letal febre maculosa causada pela bactéria “Rickettsia rickettsii”; é uma zoonose em plena expansão.
Com o objetivo de alcançar três milhões de animais, a Prefeitura de São Paulo introduzirá num período de dois anos quase quinhentos mil “microchips” em cães e gatos daquela cidade, evitando com essa medida a proliferação de zoonoses urbanas.
Usar roupa adequada quando em locais infestados e manter o animal e o ambiente livre de carrapatos, são medidas necessárias. A retirada manual do artrópode é desaconselhada, parte do seu aparelho bucal pode ficar retida na pele causando infecção local.
É comum desprendê-lo com cabeça de fósforos quente, mas o “stress” provocado pelo calor faz com que o carrapato, se portador, libere bactérias e protozoários no local da picada.
Não deixe seu cão ser banquete para esses temíveis hematófagos.

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