sábado, 26 de fevereiro de 2011

Os sinantrópicos

Jornal Cachoeiras 26 02 2011

Zoonoses são enfermidades comuns a homens e animais, algumas graves como a raiva e leptospirose estão entre as quase duas centenas existentes, e constituem a maioria das infecções e parasitoses que acometem a humanidade.
O controle dessas doenças engloba atividades voltadas aos animais errantes que perambulam pelas cidades, sem holocausto naturalmente. A leishmaniose visceral, que tem o cão como hospedeiro, preocupa pela sua crescente expansão.
Também é imprescindível o combate aos perigosos animais sinantrópicos, que são aqueles que se adaptaram ao homem a despeito da vontade deste. Ratos, baratas, pombos, mosquitos e caracol africano fazem parte deste time, que encontram nas habitações humanas e suas cercanias bastante alimento e abrigo.
Esses agregados são encontrados nas habitações, ruas, margens de rios e terrenos baldios em busca de nutrientes, facilmente encontrados nos restos, lixos e águas paradas que compõe o cenário urbano.
Não é bem vinda a proximidade de alguns desses sinantrópicos aos nossos alimentos. Situações em que as regras de higiene não são consideradas a prevalência de toxinfecções e outros distúrbios alimentares são constantes.
Estabelecimentos que comercializam e manipulam alimentos como trailers, pastelarias, bares e restaurantes tem de estar conscientes que além de uma questão de saúde pública, o respeito aos padrões de higiene revertem em uma clientela segura e confiante.
Poucas cidades exercem com consciência e eficácia estas atividades tão importantes para uma boa saúde coletiva. Por ser fiscalizadora e punitiva, não caem bem no âmago político, tanto é que pouco se fala sobre o assunto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário