sábado, 14 de janeiro de 2012

Os vulneráveis filhotes

Após o desmame terão pela frente um grande desafio, até que se tornem adultos. Invisíveis agentes de perigosas enfermidades atentarão para os seus corpos frágeis ainda em formação. Adquirem nos primeiros dias de vida, através do aleitamento, o restante dos anticorpos maternos. Uma pequena parte já circula em seus organismos, obtidos via placenta na gestação. Condições como tamanho da ninhada, estado imunológico da mãe e desvantagens competitivas com os irmãos, tem relação direta com o grau de imunidade. Os mais fracos de uma prole numerosa e de uma mãe com dificuldades imunológicas, certamente possuirão títulos menores de imunoglobulinas conferidos pelo colostro, que logo acabarão. Se medidas de proteção, através da vacinação não forem adotadas, microrganismos letais estarão à espreita. Um programa adequado de vacinação confere-lhes uma barreira protetora, salvaguardando-os desses agentes deletérios. A primeira dose de vacina é insuficiente, aqueles anticorpos adquiridos da mãe quando mamaram, não conseguem distinguir os vírus conferidos pela vacina dos que circulam no meio ambiente, atacando-os. Daí a necessidade dos reforços a intervalos curtos nos primeiros meses de vida. Quando optamos pela guarda de um animal assumimos um compromisso com a vida e passamos a ser responsáveis pelo seu bem estar. É de bom senso que o respeito seja inviolado, maltratar um animal é atentar contra a natureza e contra a criação Divina. Mantê-los num espaço controlado não os farão menos felizes. O cão semi-domiciliado, aquele que tem casa, mas dá umas voltas, pode ser portador de doenças adquiridas com outros que encontrem pelo caminho, onde confrontos pelo acasalamento, disputas territoriais e uma mordida aqui e uma lambida ali não são infrequentes. As zoonoses, doenças comuns a homens e animais, podem por eles serem transmitidas. O canil cárcere e a corrente perpétua, nem pensar. Além de evidenciar uma atitude desumana são relacionadas à depressão, psicoses, automutilação, fobias e agressividade descontrolada. Abusos sofridos na tenra idade, justamente no período de socialização, marcam sobremaneira sua saúde emocional. Por não terem os defeitos psicológicos que carregamos, eles não violam o processo da convivência. Não adotam atitudes antinaturais. Amam, confiam e se doam incondicionalmente. (Jornal Cachoeiras 14 01 2012)

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