sábado, 22 de maio de 2010

Atrasos da modernidade

(Jornal Cachoeiras em 22/05/2010)

Até bem pouco tempo não se cogitava dispor da versatilidade e rapidez do correio eletrônico.
A comunicação se dava através de perfumadas cartas escritas à mão. Daquele “tempo postal” só restou a saudade e a nostalgia das cartinhas que exalavam uma fragrância qualquer comprada na Rua da Alfândega.
Mesmo com toda evolução tecnológica os serviços postais estagnaram e a demora no atendimento tornou-se um letargo. Essa do Correio ser Banco é meio confuso. Banco é banco, correio é correio, assim como padaria é pra vender pão e farmácia medicamentos.
Se os bancos dão a mínima para seus clientes, porque devo encarar uma fila bancária para enviar uma simples carta? Nada contra o compartilhamento de recursos, mas que haja respeito ao usuário, no caso dos Correios, prioridade de atendimento para os clientes dos Correios.
Para endereçar uma correspondência, constantemente ficamos horas numa exígua sala de espera, remoendo por dentro o tempo ocioso ou compartilhando nosso descontentamento com os já combalidos clientes bancários.
Quisera o problema dos Correios fosse somente este, a entrega domiciliar de correspondência também deixa a desejar. Em muitos lugares estes serviços não existem - inclusive em bairros com ruas pavimentadas e domicílios identificados - e novamente seus moradores têm de enfrentar uma cansativa espera na agência da empresa para, agora, receber uma cartinha.
Pena que um serviço tão cogente tenha ficado à margem da dinâmica evolucionaria do mundo globalizado. São os atrasos da modernidade.

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