sábado, 2 de outubro de 2010

A água que mata

Jornal Cachoeiras 01 10 2010

A água que mata a sede também mata com suas poluições e contaminações, sem falar das mortandades decorrentes dos desastres hidrometeorológicos. No próximo século será a vez da escassez também matar.
Grande parte dos 0,6 % disponíveis para utilização está inadequada. Do que resta uma boa parcela é impotável e assola com seus agravos grande parte da humanidade, principalmente nos países pobres.
A água sofre contaminação orgânica através dos biodegradáveis oriundos da prática agrícola; da contaminação química pelo clorados orgânicos e metais pesados; e da contaminação biológica pelos microorganismos.
As verminoses, a amebíase, a febre tifóide, as leptospiroses, a hepatite e a cólera ainda matam populações nas nações excluídas. Segundo a OMS a cada vinte segundos uma criança menor de cinco anos morre por enfermidade diarréica. No Brasil são mais de três milhões de famílias sem água tratada, a mercê das conseqüências decorrentes da sua não potabilidade.
Cada um de nós consome 300 mil litros/ano, dos quais a metade é desperdiçada. Só com o banho jogamos fora vinte mil.
China, Índia, África e Oriente médio já sentem o problema da falta d’água. No próximo século as guerras, hoje políticas e pelo domínio do petróleo, serão motivadas pela água.
O desperdício é um grande aliado da futura escassez, junto à poluição e contaminação. Atitudes simples como evitar vazamentos, adotar banho racional, não “varrer” o quintal com água, e não lavar o carro e a calçada com mangueira ajuda na sua preservação.
É obrigação do estado fornecer água adequada para o consumo. Proteger essa substância formada pelos dois gases, hidrogênio e oxigênio, é dever jurídico de cada cidadão.
Para sua segurança só consuma água de procedência confiável e não a deixe parada por aí, o Aedes aegypti está a caminho.

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