segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Dengue 4 ameaça de novo

Jornal Cachoeiras 24 09 2011

Daqui a pouco vem o quente verão com água aos borbotões, tudo que o mosquito transmissor da dengue e febre amarela precisa pra manter o seu exército de machos sugadores de seiva e fêmeas aficionadas pelo repasto sanguíneo.
Criadouros são os berçários do Aedes aegypti, em suas paredes ovos são depositados as centenas, e dessecados resistem à falta d”água por um longo período. As larvas logo serão mosquitos a procura do sangue que maturará seus ovos pra uma nova geração.
Abrigam-se nas residências e suas proximidades, locais onde terão ao seu dispor água parada, sombra e sangue humano. Quase que a totalidade dos focos está em nossas casas e em nossos quintais, daí a importância do envolvimento de cada um nesta guerra.
É capaz de detectar o calor dos corpos dos mamíferos e perceber o dióxido de carbono exalado quando expiramos, vindo em nossa direção. No suor existem substâncias que também o seduz – parece que pessoas que transpiram muito são mais vulneráveis à sua investida.
Adoecem a cada ano quase cem milhões de pessoas em todo mundo pelo vírus da dengue. Em 2007 passamos por uma grande epidemia com mais de 550 mil casos dos quais 250 morreram com manifestações hemorrágicas.
A última aparição do vírus tipo quatro (DEN 4) foi há 28 anos, hoje é encontrado em quase todo país, de norte a sul e de leste a oeste. Sem imunidade para este novo tipo, grande parte da população, principalmente os abaixo de 30 anos são os mais vulneráveis numa epidemia
Até a adoção de políticas públicas que dê um fim ao vetor e a doença, estaremos, de verão em verão, perdidos nesta guerra onde nos aliamos ao inimigo quando favorecemos com nossos criadouros artificiais a sua proliferação.
Caixas d’água, barris e cisternas têm de permanecerem totalmente vedadas, piscinas adequadamente tratadas e qualquer depósito que acumule água em locais protegidos das chuvas. Deve-se ter cuidado com garrafas, pneus, latas, ralos, vasos sanitários, plantas aquáticas, bandejas de geladeira, calhas, tampinhas de refrigerante, cascas de ovos e copos plásticos. Bromélias, bambus e bananeiras também podem acumular água.
Sem o Aedes aegypti o Arbovírus não se propaga, mesmo que sejamos visitados por pessoas portadoras oriundas de outros municípios.
Colabore com os agentes de endemia, participe das atividades de combate e mantenha sua casa livre de focos de mosquitos, e sua cidade sem risco de epidemia.

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