segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Peixe morre é pela boca

É extremamente angustiante estar sentado num bar, num restaurante, num trailer ou numa barraca no varnaval bebendo uma gelada, comendo um angu à baiana, degustando uma refeição ou um colesterólico sanduíche e de cara encontrarmos uma repugnante Bratella germânica (barata francesinha) ou uma asquerosa Periplaneta americana (barata voadora) passeando com toda sua volúpia carnavalesca ao redor, feliz em saber que pode até sobreviver a uma explosão atômica e farta com o lixo e restos alimentares disponíveis. Outra hipótese é a de sermos servidos em pratos ou talheres sujos, em copos descartáveis reutilizados ou por um atendente com as mãos duvidosas que manipularam nojentas notas de um real antes de trazer nosso alimento.
Muitas enfermidades e intoxicações, de letalidade e morbidade consideráveis são contraídas pela ingestão de sólidos ou líquidos alimentares contaminados por microorganismos patogênicos ou suas toxinas.
Staphylococcus aureus, Clostridium botulinun, Escherichia coli, Salmonelas, Leptospiras e Shigella são alguns destes agentes responsáveis pela contaminação alimentar que podem ser carreados por insetos, roedores, utensílios mal lavados ou pelo pessoal envolvido.
É necessária atenção permanente no que estamos ingerindo, sempre observar as condições sanitárias do estabelecimento, o prazo de validade de bebidas e alimentos, utilizar copos descartáveis e canudinhos e exigir dos órgãos responsáveis permanente fiscalização voltada às condições sanitárias do ambiente, dos utensílios, dos produtos utilizados e dos que manipulam alimentos.
A todos um bom carnaval e não se esqueçam de estarem atentos ao que bebem e ao que comem, lembre-se do colóquio popular: Peixe morre é pela boca.

Jornal A Voz da Cidade – 25/02/2006

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