domingo, 29 de setembro de 2013

O estrago das queimadas

A extinção de espécies é nociva não só aos organismos como também a dinâmica da cadeia alimentar, gerando grave instabilidade aos ecossistemas. A baixa umidade relativa do ar predispõe a combustão que pode ser espontânea, advinda da refração da energia solar em latas, vidros e ferramentas. Pontas de cigarro, balões, fogueiras em acampamentos e queimadas sem controle também são causas de destruição das matas. A queima da biomassa aniquila toda a fauna e flora, representada pelos fungos, bactérias e outros micro-organismos decompositores; sem os quais os ninhos, sementes, árvores e habitantes da mata não existiriam. Fugindo das labaredas fumegantes, certos animais tentam a sorte em outros cantos e dentre eles, alguns não desejáveis como ratos, escorpiões, aranhas e serpentes se abrigam em locais habitados pelo homem, causando-lhes acidentes. O impacto no ambiente resultante da queimada é cada vez maior e a real dimensão dos estragos ainda não está bem compreendida. O fogo fora de controle destrói o solo, danifica os mananciais hídricos e conspurca o ar, afetando a saúde respiratória dos seres pulmonados. Cientista, ambientalistas e preservacionistas sabem que as queimadas comprometem a física, a química e a biologia do solo, originando consequências impresumíveis. A densa emissão de gases bloqueadores de calor como o carbônico e o metano é a segunda maior causa do efeito estufa e aquecimento global. Ainda utilizado nos dias atuais na agricultura o fogo empobrece a terra; o agricultor tenta repor os nutrientes torrados utilizando fertilizante, que engorda a agroindústria e contamina seus produtos. A disposição de brigadas contra incêndios nas áreas vulneráveis e a conscientização ecológica permanente de seus habitantes tem de ser pratica comum. Tem de regar a educação ambiental nas escolas dos cultivadores do solo do amanhã. A mata não está sozinha, existem ações conscientes desenvolvidas por instituições não governamentais e públicas. A REGUA – Reserva Ecológica do Guapiaçu, preocupada com a vida do bioma estende a mão às espécies animais e vegetais do alto do rio Guapiaçu, preservando sua bacia e resgatando seu equilíbrio.

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