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domingo, 12 de junho de 2011

Abandonados e famintos

Jornal Cachoeiras 11 06 2011

Cresce a cada dia a população de animais errantes, que busca nas ruas as migalhas que de certa forma saciará sua fome. Abandonados a própria sorte dividem com ratos, pombos e outros excluídos os restos de alimentos que sobram dos estômagos humanos em seu frenesi nos restaurantes, praças, bares e quiosques das cidades.
O desenvolvimento do homem é diretamente proporcional ao amor e ao respeito à vida animal, aqueles que desconhecem tal premissa, cairão na roda da involução e em conseqüência nos infernos de Dante Alighieri.
Animais doentes vagando em áreas urbanas desarmonizam com as pretensões de desenvolvimento turístico das cidades, além de ser uma questão de saúde pública. Sabemos que leptospirose, leishmaniose, raiva e dermatopatias entre outras zoonoses, podem ser transmitidas por estes animais.
Não dá mais para esperar dos governos atitudes e ações que remetam definitivamente para a história essa página triste da relação humana com os animais. A ínfima parte sensível da sociedade que consegue perceber a extensão do problema deve se organizar e buscar condutas e ações que aliadas ao poder público, promovam saídas compassivas e resolutas para a solução do problema. Atitudes isoladas apesar de bem intencionadas são impotentes, só saciam a fome momentânea de poucos famélicos e enrobustecem alguns egos humanos.
Alguns estados brasileiros deram um passo importante com relação aos animais abandonados nas ruas, como a prefeitura de Porto Alegre ao criar a Coordenadoria Multidisciplinar de Políticas Públicas para os Animais, e Curitiba que aboliu o cruel extermínio em massa, investindo na posse responsável e na esterilização. A meta é evitar o abandono dos bichinhos, e o conseqüente aumento de animais nas ruas nas cidades.
“Chegará o dia em que o homem conhecerá o íntimo dos animais. Neste dia, um crime contra um animal será considerado um crime contra a própria humanidade”. – Leonardo da Vinci.

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