domingo, 13 de dezembro de 2009

A água nossa de cada dia

Nosso município tem o privilégio de ter uma das mais bonitas áreas arborizadas do Estado, com águas translúcidas em abundância, rios e cachoeiras paradisíacas e excelentes fontes de água mineral. Poucos municípios dispõem dessas dádivas naturais.
Existe uma preocupação global com relação à escassez de água potável e suas previsíveis conseqüências. Menos de 3 % da água do planeta é doce, apenas 0,6 % está disponível e mais da metade está poluída. A água não acaba, a sua disponibilidade e potabilidade é que diminuem em virtude do inconcebível desmatamento, da utilização irracional, do desperdício e da contaminação direta e indireta dos seus mananciais.
A água é o principal meio de disseminação de agentes transmissores de agravos a saúde como bactérias, vírus, fungos, vermes e protozoários.
Hepatite, cólera, amebíase, leptospirose, helmintíase e disenteria, em pleno século XXI, ainda causam morbidades e óbitos, principalmente nos países emergentes. Sem falar na Angiostrongilíase abdominal transmitida pelo caracol Achatina fulica, que pode ser confundida com a “apendicite aguda”, levando muita vezes, por falta de diagnóstico etiológico, a atos cirúrgicos desnecessários.
A água destinada ao consumo, obrigatoriamente tem de ser submetida a parâmetros microbiológicos e atender a padrões de potabilidade antes da sua utilização.
A contaminação fecal da água continua sendo um desafio para a medicina nos países do terceiro mundo e grande parte das enfermidades que assolam suas populações são decorrentes de patógenos por ela veiculados.
Eliminar as valas negras, dar um destino racional ao lixo, desenvolver programas de controle de zoonoses e fauna sinantrópica, investir na potabilidade de nossas fontes hídricas e promover atividades de educação sanitária são elementos vitais para o almejado “paraíso das águas cristalinas”.

Jornal a voz da Cidade – 03/09/2005

Nenhum comentário:

Postar um comentário