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sábado, 28 de maio de 2011

Tempo de cinomose

Jornal Cachoeiras 28 05 2011

A parvovirose e a cinomose são as enfermidades víricas de maior incidência e prevalência em nosso meio. Dependendo da severidade com que atacam os animais o desdobramento pode ser fatal, já que sistemas importantes do organismo são afetados.
O vírus da parvovirose, introduzido no país no final dos anos 70, acomete o coração e o aparelho digestivo principalmente nos animais novos, ocasionando uma gastrenterite hemorrágica com vômitos incoercíveis e perdas significativas de sangue e eletrólitos resultando numa grave anemia e severa desidratação. Este minúsculo vírus é resistente ao calor, umidade, frio e a maioria dos desinfetantes domésticos, podendo sobreviver no
ambiente por longos períodos de tempo. Dentre os cães, o dobermann e o rottweiler são os mais vulneráveis como também os animais com baixa imunidade.
Com o vírus da cinomose vem a imunodeficiência e a invasão do organismo pelos germes oportunistas. A mortalidade é alta, como também as irreversíveis seqüelas resultantes dos estragos provocadas no tecido nervoso. É uma das mais terríveis enfermidades contagiosas que acometem os canídeos e outros carnívoros sendo mais sensíveis os filhotes, os adultos jovens e os animais velhos.
Quando não sucumbem à infecção, os cães sobreviventes carregam por suas vidas seqüelas graves resultantes da agressão do vírus às meninges e à medula espinhal, como paralisia, mioclonia, alucinações, convulsão severa e outros distúrbios nervosos.
As características climáticas do inverno favorecem a presença deste vírus no ambiente, por isso nosso cuidado deve ser redobrado nesta época.
Deixar o nosso melhor amigo a mercê dessas perigosas doenças além de ser uma insensatez é uma grande falta de respeito com a vida animal. Parvovirose, cinomose, hepatite e leptospirose são doenças evitáveis com uma simples vacinação.
Não aplique vacina com suspeita de falhas na sua conservação, até o momento da aplicação tem de estar sob refrigeração adequada, sem a qual seu poder imunizante decresce comprometendo a sua eficácia.
Animais fracos, desnutridos, parasitados ou portadores de alguma enfermidade debilitante respondem mal a imunização. O ideal é que, ao serem vacinados, já tenham tomado vermífugo e não estejam sob terapia com corticóide ou outra droga imunossupressora.

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