segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

A escura areia branca

A problemática envolvendo o lixo é o grande desafio para o país em sua caminhada rumo ao desenvolvimento. Não são os lixões a céu aberto e o destino inadequado do lixo hospitalar os únicos responsáveis por agravos à saúde pública e contaminação ambiental. Vias públicas, margens de rios, terrenos baldios, o sacrificado Macacu e locais não contemplados com a coleta também são afetados.
A destinação dos vários tipos de lixos não é por si só a solução final, a educação e conscientização sanitária têm um papel importantíssimo em um programa de saneamento ambiental, pois além de cultivar condutas civilizadas formam uma população fiscalizadora e consciente dos seus direitos.
Muito se fala sobre a periculosidade do lixo hospitalar, pela sua relação com enfermidades infecto-contagiosas, mas em termos de saúde pública sua abrangência é restrita aos que mais próximo dele se encontram, e representam menos de 1% de todo os dejetos despejado nos lixões.
Sob uma outra ótica veremos que o lixo químico oriundo dos defensivos agrícolas dos dejetos industriais e o lixo doméstico causam mais agravos de uma maneira geral à saúde pública e ao meio ambiente.
O cuidado com o lixo é dever do estado e é um direito de todos. Cuidando melhor do ambiente as gerações futuras terão mais saúde e uma melhor qualidade de vida.
Há décadas o lixo gerado no município é despejado em locais impróprios, provocando agravos à saúde e ao meio ambiente. Entram e saem governos e o assunto sequer é levado em consideração. Queremos portais, praças de esportes e bons carnavais - desde que com sambas .Também queremos um meio ambiente saudável, sem desequilíbrios e sem riscos de proliferação de vetores e enfermidades veiculadas pelo lixo.
O aumento quantitativo do lixo é diretamente proporcional ao aumento populacional, isto é, quanto mais gente, mais consumo e conseqüentemente mais dejetos sendo despejados no meio ambiente.
Com a perspectiva de crescimento populacional a reboque da instalação do complexo petroquímico na região, o problema tenderá a se agravar. É hora do Paraíso das Águas Cristalinas cuidar da saúde da sua comunidade e preservar as suas riquezas naturais.

Jornal A Voz da Cidade – 17/03/2007

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