sexta-feira, 19 de maio de 2023

Velhos escorpiões

Velhos escorpiões (Jornal Cachoeiras 04.03.2023) Dr Ronaldo Rocha Vi pela primeira vez, esses artrópodes, quando assisti aos dez anos de idade no Cinema Brasil, a película espanhola “Marcelino pão e vinho". Os escorpiões habitam a Terra bem antes da humanidade, viram o surgimento do dinossauro e presenciaram a sua extinção. Habitam desde as úmidas florestas, até os desertos mais áridos, só não na Antártica. Geralmente, são encontrados em cemitérios, terrenos baldios, entulhos e no lixo. No verão, os acidentes com esses aracnídeos são mais evidentes. As asquerosas baratas são seu prato predileto. Dizem que cometem suicídio quando em apuros, principalmente quando cercados por fogo, o que não é verdade. Podem ficar sem comer por até um ano, embaixo d'água por dois dias e sobreviverem. Possuem uma picada bastante dolorosa; das espécies brasileiras, as mais peçonhentas são as amarelas: Tityus serrulatus e Tityus stigmurus, com seus venenos neurotóxicos; o "serrulatus" se reproduz por partenogênese, não necessitando do macho para a fecundação. No Livro do Apocalipse, há uma citação a eles relacionada: - “A agonia que eles sofreram era como a picada do escorpião. Naqueles dias, os homens procurarão a morte, mas não a encontrarão; a morte fugirá deles". Em caso de acidente com esses escorpionídeos, nunca use torniquete, pó de café, cachaça ou querosene e não queime ou corte o local afetado. Limpe-o com água e sabão e procure atendimento médico; levando se possível e com cuidado, o escorpião, para identificação. Médico Veterinário UFRRJ /Jornalista ABJ / Gerente de Zoonoses e Fauna Sinantrópica SNABS-MS / Perito Judicial CBETA-RJ / Thought Field Therapy INSTITUTO CALANGES-SP

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