Parabéns, Cachoeiras de Macacu
Em 15 de maio, o tempo fez uma pausa para aplaudir você.
Terra amada, onde o verde abriga os sonhos, o rio espelha a alma, e a brisa neblinada carrega lembranças — como folhas soltas na aragem da saudade.
Você não é só um ponto no mapa: é lar, é afeto, é abrigo e poesia.
Em seu leito, trilhos de ferro conduziram sonhos, rasgaram montanhas e uniram destinos.
O lento “Rápido” e o nostálgico “Expresso”, mesmo devagar, deixaram ecos na sua memória — em cada estação esquecida, em cada dormente adormecido.
O batuque dos carnavais e os confetes coloridos ainda vibram com o tempo em que navegava, em sua nau, o lendário pirata Calixto.
Às margens da encachoeirada água do velho Macacu, você é mais que lugar: é sentimento que na serra tem abrigo, é o majestoso jequitibá — altaneiro e altivo.
És mais que chão: és poesia que o ar respira. És memória e liberdade. És amor que não se tira.
E, nestes 346 anos de existência, celebramos com exaltação tudo o que você foi, é e ainda será.
Que venha o futuro, com novas conquistas embaladas pelo amor do povo que você acolheu.
E quem sabe, talvez um dia, entre tuas montanhas e vales, o apito do velho “Jaú” volte a soar — não apenas sobre a bitola estreita do seu caminhar, mas sobre os trilhos da esperança que há de te abraçar.
Feliz aniversário, Cachoeiras.
Ronaldo Rocha - Médico Veterinário - UFRRJ / Jornalista - ABJ
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