sexta-feira, 19 de maio de 2023

Ignóbil descompaixão

Ignóbil descompaixão Ronaldo Rocha O desrespeito à criação Divina é parte do declínio pelo qual trilha a humanidade. Se o homem desrespeita o próprio semelhante, evidente nesses tempos políticos, o que esperar com relação aos animais. Seu torpe ego agrega uma legião de defeitos, dentre os quais os relacionados à vida animal, que em determinadas situações beiram à raia da insanidade. Que diga o boi, o carneiro, o pássaro, o porco e até o sofrido jegue, que após uma labutada vida serviçal é aposentado como carne seca. O frango até virar galeto passa por maus momentos, o ganso entupido de comida tem seu fígado esteatótico arrancado para o patê do refinado paladar abastado. A indústria da carne é crudelíssima e responsável pelo sofrimento animal. Sufoco também passa a cobaia de laboratório, imolada em prol da saúde; o gato, o rato e o coelho morrem em nome da futilidade cosmética. No pantanal, a onça pintada já não sabe para onde ir fugindo da extinção. Também são vítimas do homem os animais arrancados da mata pelo tráfico e pela abominável caça esportiva. Os cães e os gatos, por viverem no ambiente humano, sofrem diretamente as mazelas por eles provocadas, através do abandono, da clausura e maus tratos. Parte dos animais domésticos, são maltratados, violentados ou mortos em seus próprios lares. A agroindústria tortura até o abate, revertendo a lágrima animal em lucro e é no ocidente onde a insensibilidade é maior. A imoralidade é humana, os animais não violam a moral, se causam dor e sofrimento é dentro da lei natural, pela sobrevivência ou perpetuação. Eles tem consciência que impor sofrimento aos mais fracos, além de amoral, é um ato de covardia. “A assunção de que animais não possuem direitos e a ilusão de que nosso tratamento para com eles não possui significância moral, é um ultrajante exemplo de brutalidade e barbárie. Compaixão universal é a única garantia de moralidade”.

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