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sexta-feira, 19 de maio de 2023
Leishmaniose - Prevenção
*Dr. Ronaldo Rocha
Diferente do Aedes aegypti, o “mosquito palha” não nasce na água parada. O "birigui", como também é conhecido, tem seu criadouro na decomposição orgânica no solo úmido, o que torna inviável o combate focal. As ações de contenção dessa parasitose são direcionadas à prevenção, salvaguardando a saúde humana e animal.
A leishmaniose, é uma zoonose reemergente sem cura etiológica; com o tratamento medicamentoso, se obtém melhora clínica e redução da carga parasitária no organismo animal, impossibilitando a sua transmissão ao homem.
Os que defendem o extermínio compulsório de cães soropositivos, alegam que as recaídas, após tratamento, não são incomuns; e que a grande inacessibilidade ao oneroso procedimento - hoje em torno de um salário mínimo - deixa vulnerável a saúde pública.
A crudelíssima e inumana eutanásia de cães com "calazar", não mostrou eficácia até então. Os animais não são vilões, são também vítimas.
As medidas de prevenção, são as mesmas adotadas no combate a dengue: Manter o domicílio e área circunvizinha saneados, investir na consciência sanitária e promover a educação em saúde ambiental. O uso de repelente e coleira anti-mosquito protegem o animal da picada do vetor "flebotomíneo".
No futuro, a vacinação pública dos animais vulneráveis - que são depósitos da "Leishmania" no meio urbano - protegerá os homens e seus animais.
*Médico veterinário UFRRJ e Jornalista ABJ.
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