sexta-feira, 19 de maio de 2023

Leishmaniose, o vetor

Leishmaniose, O vetor Dr. Ronaldo Rocha (Jornal Cachoeiras 13.05.2023) É uma enfermidade potencialmente fatal, comum a homens e animais. Se encontra em franca reemergência nas áreas populosas, resultante da migração rural com seus animais infectados, desarranjo urbanístico e frequente agressão ao meio ambiente. A "Leishmania", protozoário responsável pela doença, chega até nós através do “mosquito palha”. Diminuto inseto de asas peludas, que quase não voa, saltita no solo. A fêmea, depois de sorver o sangue do animal, regurgita o aspirado no homem, através da picada. O corcundo “cangalha" ou "orelha de veado", como também é chamado o mosquito; aprecia o sangue humano, canino, felino, equino e de outros vertebrados silvestres. De vida noturna procura o repasto sanguíneo no crepúsculo, onde são mais ativos. Nas cidades, o cão é o principal reservatório de "calazar" - a perigosa forma visceral da doença. A leishmaniose tegumentar ataca a pele, originando feridas rebeldes à cicatrização e deformidades nas cartilagens. É conhecida como “ferida brava”, “úlcera de Bauru” e "botão do Oriente". O crescente aumento de casos da leishmaniose visceral em algumas regiões, traz o holocausto canino à discussão, causando descontentamento e apreensão nos cinófilos. - (Continua na próxima edição) Médico Veterinário UFRRJ / Gerente de Zoonoses SNABS-MS

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