Jornal Cachoeiras 11 12 2010
As ações voltadas ao controle populacional do transmissor da dengue têm sido, anêmicas, insipientes e não conseguem envolver as pessoas nas frentes de combate. Sem este envolvimento estaremos sempre à mercê das entidades mórbidas e letais por ele veiculadas e suas epidemias.
Os casos registrados recentemente do vírus Chikungunya em São Paulo e Rio de Janeiro, contraídos na Índia ou Indonésia, põem o país em novo estado de alerta.
A doença é parecida com a dengue, e de pouca gravidade se comparada a esta; em sua cronicidade ocorrem dores intensas nas articulações das mãos e dos pés, que podem incapacitar e perdurar por até um ano. A circulação deste vírus por aqui é uma questão de tempo.
Na ilha francesa da Reunião a Febre Chikungunya, lá transmitida pelo Aedes albopictus, matou em 2006 setenta e sete pessoas e deixou doente outras 130 mil. A ilha da Reunião fica a leste de Madagascar.
As ações de combate a endemias têm de passar por todos os segmentos da sociedade; dos pesquisadores nas universidades, associações de moradores, escolas, fábricas, indústrias, até as donas de casa. A grande totalidade dos focos do mosquito está em nosso domicílio e arredores. Vasos de plantas, bandeja de geladeira e ar condicionado, caixa d’água, piscina, calhas, marquises, vasos sanitários e outros criadouros artificiais são responsáveis pela grande densidade de mosquitos que assola o país.
Nosso geoclima tropical propicia grande proliferação em curto espaço de tempo, soma-se a este evento a pouca informação, a deseducação coletiva e a tênue interação do poder público com a população.
Uma única fêmea do mosquito pode gerar centenas de novos indivíduos, É só ter à sua disposição água preferencialmente cristalina e na sombra, mesmo que seja numa casca de ovo ou tampinha de refrigerante.
Só a fêmea gosta de sangue. Detecta o calor de nossas veias e vênulas e percebe dióxido de carbono e ácido lático em nossa expiração a uma distância de 40 metros, partindo sedenta em nossa direção.
Pelo andar da carruagem, erradicar o Aedes aegypti, por enquanto, é utopia. Só nos resta manter a densidade populacional do mosquito em níveis seguros, e isso só se consegue com a sua participação. E a de todos.
Mais lidos
sábado, 11 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
DDAH - O cão mala
Jornal Cachoeiras 04 12 2010
Ele não para. Pula em você, suja a sua roupa, destrói a mesa, rasga a poltrona, corre atrás da inalcançável cauda e late o tempo todo, podendo inclusive se auto-infringir, sofrendo mutilações. De certa forma esse comportamento bizarro apazigua o seu tormento interno.
Os cães hiperativos por natureza trabalham suas energias no exercício das suas funções, como acontece com os de pastoreio, caça e os que se ocupam de alguma maneira. Esses animais quando utilizados para companhia vivenciam o ócio das paredes e muros concentrando energia, que em algum momento deflagrará em desordens físicas e emocionais.
A maioria dos cães ansiosos e hiperativos já nasce com este distúrbio, que pode também decorrer de alergia alimentar, distúrbios endócrinos, hormonais ou da energia doméstica desequilibrada que o envolve, canil 24 horas, corrente perpétua e outros tantos maus tratos.
O cão que sofre de “distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade” tem necessidade extrema de chamar atenção o tempo todo, é o verdadeiro cão mala. O primeiro passo para abrandar este incomodo é ignorá-lo, principalmente no auge da sua compulsividade, naquele momento em que seu sapato entrou na dança. A interferência, seja de agrado ou reprimenda, satisfaz sua necessidade de atenção e acaba reforçando o comportamento indesejado.
Vítimas deste desequilíbrio alguns animais são alijados do convívio em família, jogados num canil 0800 ou abandonados a própria sorte nas vias e logradouros das cidades, fortalecendo o contingente de cães que perambulam nos aglomerados humanos.
É uma tendência natural quando da escolha de um filhote preferir o mais ativo, o que se sobressai. Sem querer podemos estar adquirindo um hiperativo com DDAH que vivenciará no futuro conflitos na convivência doméstica.
Nas situações graves e refratárias a consulta com um profissional voltado a distúrbios de comportamento animal é imprescindível. Dependendo da causa subjacente procedimentos terapêuticos com florais, aromas e medicamentos amenizam o mal, em seu benefício e dos que com ele convive.
Ele não para. Pula em você, suja a sua roupa, destrói a mesa, rasga a poltrona, corre atrás da inalcançável cauda e late o tempo todo, podendo inclusive se auto-infringir, sofrendo mutilações. De certa forma esse comportamento bizarro apazigua o seu tormento interno.
Os cães hiperativos por natureza trabalham suas energias no exercício das suas funções, como acontece com os de pastoreio, caça e os que se ocupam de alguma maneira. Esses animais quando utilizados para companhia vivenciam o ócio das paredes e muros concentrando energia, que em algum momento deflagrará em desordens físicas e emocionais.
A maioria dos cães ansiosos e hiperativos já nasce com este distúrbio, que pode também decorrer de alergia alimentar, distúrbios endócrinos, hormonais ou da energia doméstica desequilibrada que o envolve, canil 24 horas, corrente perpétua e outros tantos maus tratos.
O cão que sofre de “distúrbio de déficit de atenção e hiperatividade” tem necessidade extrema de chamar atenção o tempo todo, é o verdadeiro cão mala. O primeiro passo para abrandar este incomodo é ignorá-lo, principalmente no auge da sua compulsividade, naquele momento em que seu sapato entrou na dança. A interferência, seja de agrado ou reprimenda, satisfaz sua necessidade de atenção e acaba reforçando o comportamento indesejado.
Vítimas deste desequilíbrio alguns animais são alijados do convívio em família, jogados num canil 0800 ou abandonados a própria sorte nas vias e logradouros das cidades, fortalecendo o contingente de cães que perambulam nos aglomerados humanos.
É uma tendência natural quando da escolha de um filhote preferir o mais ativo, o que se sobressai. Sem querer podemos estar adquirindo um hiperativo com DDAH que vivenciará no futuro conflitos na convivência doméstica.
Nas situações graves e refratárias a consulta com um profissional voltado a distúrbios de comportamento animal é imprescindível. Dependendo da causa subjacente procedimentos terapêuticos com florais, aromas e medicamentos amenizam o mal, em seu benefício e dos que com ele convive.
sábado, 27 de novembro de 2010
Au au,ui ui
Jornal Cachoeiras 27 11 2010
Nos primórdios das civilizações a dor era relacionada ao mal, à magia, às trevas e aos demônios e cuidada pelos sacerdotes, shamans e feiticeiros. Este “sinal de alerta” era considerado um inimigo que deveria ser combatido e execrado com expiações, rituais e até sacrifícios. Tudo começou com o castigo divino do pecado original, quando Eva foi sentenciada ao parto com dor e Adão a dor extenuante do trabalho.
Platão, antes de Cristo, afirmou: dói quando a proporção ou a harmonia dos elementos que compõem o ser vivo é ameaçada ou comprometida e, vivendo uma auto-consonância e em equilíbrio com a natureza, o homem dela se desvencilharia. Epícuro, três séculos antes da Era Cristã, profetizou a dor como conseqüência da busca do prazer vulgar e desmesurado.
Jesus pregou a não concepção de dor-punição ao bem aventurar os aflitos, assinalando que o sofrimento seria uma oportunidade de purificação da alma. Para Hipócrates, sedar a dor era obra divina - “Sedare Dolorem Opus Divinum Est”.
Se nos humanos a dor tem relação com “culpas” e “resgates” o que dizer nos inculpados animais que também a conhecem e dela padecem. No espiritismo a dor animal é um instinto de preservação, a insensibilidade de seus corpos físicos seria incompatível com a vida. Segundo esta corrente, a excitação psíquica oriunda da dor auxilia no despertar do princípio inteligente, já no homem sendo a consciência definida, é uma reação aos abusos do livre arbítrio, e nele, a que mais dói é a moral.
Por não verbalizar fica difícil o entendimento da dor física nos animais. Sua detecção é muito mais dependente de mudanças comportamentais do que de sinais específicos. Podem ser evidências de dor: depressão, desconforto, falta de atenção, gemido, diminuição do apetite, mutilação, imobilidade, agressividade, isolamento, tremores, taquipneia e taquicardia.
A debelação da dor nos animais, além de ser uma questão ética, tem a ver com sentimentos humanitários. Na atualidade a terapêutica dispõe de medicamentos que proporcionam bem estar aos animais violentados pela dor.
Nos primórdios das civilizações a dor era relacionada ao mal, à magia, às trevas e aos demônios e cuidada pelos sacerdotes, shamans e feiticeiros. Este “sinal de alerta” era considerado um inimigo que deveria ser combatido e execrado com expiações, rituais e até sacrifícios. Tudo começou com o castigo divino do pecado original, quando Eva foi sentenciada ao parto com dor e Adão a dor extenuante do trabalho.
Platão, antes de Cristo, afirmou: dói quando a proporção ou a harmonia dos elementos que compõem o ser vivo é ameaçada ou comprometida e, vivendo uma auto-consonância e em equilíbrio com a natureza, o homem dela se desvencilharia. Epícuro, três séculos antes da Era Cristã, profetizou a dor como conseqüência da busca do prazer vulgar e desmesurado.
Jesus pregou a não concepção de dor-punição ao bem aventurar os aflitos, assinalando que o sofrimento seria uma oportunidade de purificação da alma. Para Hipócrates, sedar a dor era obra divina - “Sedare Dolorem Opus Divinum Est”.
Se nos humanos a dor tem relação com “culpas” e “resgates” o que dizer nos inculpados animais que também a conhecem e dela padecem. No espiritismo a dor animal é um instinto de preservação, a insensibilidade de seus corpos físicos seria incompatível com a vida. Segundo esta corrente, a excitação psíquica oriunda da dor auxilia no despertar do princípio inteligente, já no homem sendo a consciência definida, é uma reação aos abusos do livre arbítrio, e nele, a que mais dói é a moral.
Por não verbalizar fica difícil o entendimento da dor física nos animais. Sua detecção é muito mais dependente de mudanças comportamentais do que de sinais específicos. Podem ser evidências de dor: depressão, desconforto, falta de atenção, gemido, diminuição do apetite, mutilação, imobilidade, agressividade, isolamento, tremores, taquipneia e taquicardia.
A debelação da dor nos animais, além de ser uma questão ética, tem a ver com sentimentos humanitários. Na atualidade a terapêutica dispõe de medicamentos que proporcionam bem estar aos animais violentados pela dor.
sábado, 20 de novembro de 2010
O gato em evolução
Jornal Cachoeiras 20 11 2010
Há nove milênios, utilizado no controle dos indesejáveis ratos que infestavam os campos e lugarejos daqueles tempos, teve início a domesticação dos gatos. Os animais atuais descendem de uma espécie malhada que habitava a Mesopotâmia e o esclavagismo se deu quando a humanidade engatinhava na agricultura.
A relação do gato com o homem é cada vez mais intensa, fortalecida por sua notável adaptação a espaços reduzidos, comuns nas moradias das grandes cidades e, por melhor tolerar a ausência prolongada de seus donos. Em alguns lugares do Primeiro Mundo sua densidade populacional aproxima-se, e até supera, a dos cães.
Há quem diga que o processo de domesticação desses felinos ainda não se completou, e que muitas características ocultas, num futuro próximo, virão à luz da etologia. São poucas as informações sobre sua vida comportamental; o estreitamento na relação com o homem mostrará com o tempo, peculiaridades que levarão a um melhor entendimento da sua organização e dinâmica psicossocial.
São comuns queixas relacionadas à conduta desses animais como - sair à noite, urinar em local inadequado, arranhar móveis, e predar, que dependendo da intensidade podem causar impacto na fauna local. Essa forte tendência predatória pode ser atalhada evitando o contato do filhote gatinho com suas possíveis presas.
A maioria dessas manifestações não representa desvio de conduta ou alterações comportamentais, são processos naturais da vida de relação desses bichanos.
Algumas medidas podem ser adotadas, para desviar esta conduta incômoda para locais e situações desejadas, como por exemplo, incluir um pedaço de madeira no quintal, para aliviar a pressão sobre os móveis. A castração pode resolver as brigas de caráter libidinoso, além de evitar ninhadas indesejadas.
O gato é um animal interessante, amigo, sagaz, limpo, sensível e dotado de percepções que transcendem o nosso tempo. Entendê-lo e amá-lo também é parte da nossa evolução.
Há nove milênios, utilizado no controle dos indesejáveis ratos que infestavam os campos e lugarejos daqueles tempos, teve início a domesticação dos gatos. Os animais atuais descendem de uma espécie malhada que habitava a Mesopotâmia e o esclavagismo se deu quando a humanidade engatinhava na agricultura.
A relação do gato com o homem é cada vez mais intensa, fortalecida por sua notável adaptação a espaços reduzidos, comuns nas moradias das grandes cidades e, por melhor tolerar a ausência prolongada de seus donos. Em alguns lugares do Primeiro Mundo sua densidade populacional aproxima-se, e até supera, a dos cães.
Há quem diga que o processo de domesticação desses felinos ainda não se completou, e que muitas características ocultas, num futuro próximo, virão à luz da etologia. São poucas as informações sobre sua vida comportamental; o estreitamento na relação com o homem mostrará com o tempo, peculiaridades que levarão a um melhor entendimento da sua organização e dinâmica psicossocial.
São comuns queixas relacionadas à conduta desses animais como - sair à noite, urinar em local inadequado, arranhar móveis, e predar, que dependendo da intensidade podem causar impacto na fauna local. Essa forte tendência predatória pode ser atalhada evitando o contato do filhote gatinho com suas possíveis presas.
A maioria dessas manifestações não representa desvio de conduta ou alterações comportamentais, são processos naturais da vida de relação desses bichanos.
Algumas medidas podem ser adotadas, para desviar esta conduta incômoda para locais e situações desejadas, como por exemplo, incluir um pedaço de madeira no quintal, para aliviar a pressão sobre os móveis. A castração pode resolver as brigas de caráter libidinoso, além de evitar ninhadas indesejadas.
O gato é um animal interessante, amigo, sagaz, limpo, sensível e dotado de percepções que transcendem o nosso tempo. Entendê-lo e amá-lo também é parte da nossa evolução.
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
A deusa da cerveja
Jornal Cachoeiras 13 10 2010
Onde hoje é o Iraque a alguns milhares de anos viveram os Sumérios, que já domesticavam animais, irrigavam, drenavam a terra e conheciam a escrita cuneiforme, a roda, a astrologia e naturalmente a cerveja.
Na mitologia suméria, Enki - “deus da água doce”, era casado com sua irmã Ninti -“rainha do lago sagrado”. Foi ele quem cochichou no ouvido de Noé de como escapar do dilúvio bíblico e junto de sua mulher Ninti, participou da criação humana dando seus sangues na concepção.
Desta incestuosidade nasceram oito crianças que sarariam os oito ferimentos que enfraquecia Enki. Uma delas, Ninkasi - “deusa da cerveja”, emergiu das águas frescas e resplandecentes para mitigar e saciar os desejos e prazeres da humanidade. É a que farta as bocas e abranda os corações permitindo a dádiva da “gelada” aos mortais.
Fruto da fermentação alcoólica de cereais maltados a cerveja, principalmente a clara, dourada e amarga “larger”, é a bebida mais apreciada no mundo. O aroma e o gosto travento vêm do lúpulo (humulus lúpulus) introduzido nos tempos medievais, sem ele a cerveja seria adocicada por causa do açúcar do cereal utilizado.
O chope chegou ao Brasil com a família real portuguesa, é a cerveja não pasteurizada e servida sob pressão. Bebê-lo era um privilégio da Corte. O colarinho de espuma que se forma são partículas da bebida misturadas com o gás carbônico, funciona como um isolante térmico, mantendo as características organolépticas e o frescor da bebida.
Segundo artigo publicado pelo British Medical o consumo consciente de cerveja diminui consideravelmente a incidência de problemas cardíacos. Na população da Baviera, maior consumidora no mundo, as doenças do coração na são relevantes.
Por aqui o Ministério da Saúde aponta o alcoolismo como a terceira causa de morte no Brasil, só ficando atrás dos males cardíacos e do câncer e é a principal causa de acidentes fatais no transito.
A bebida alcoólica é boa e má, os benefícios e os malefícios têm relação direta com o uso e o abuso, com a moderação e a compulsão.
Onde hoje é o Iraque a alguns milhares de anos viveram os Sumérios, que já domesticavam animais, irrigavam, drenavam a terra e conheciam a escrita cuneiforme, a roda, a astrologia e naturalmente a cerveja.
Na mitologia suméria, Enki - “deus da água doce”, era casado com sua irmã Ninti -“rainha do lago sagrado”. Foi ele quem cochichou no ouvido de Noé de como escapar do dilúvio bíblico e junto de sua mulher Ninti, participou da criação humana dando seus sangues na concepção.
Desta incestuosidade nasceram oito crianças que sarariam os oito ferimentos que enfraquecia Enki. Uma delas, Ninkasi - “deusa da cerveja”, emergiu das águas frescas e resplandecentes para mitigar e saciar os desejos e prazeres da humanidade. É a que farta as bocas e abranda os corações permitindo a dádiva da “gelada” aos mortais.
Fruto da fermentação alcoólica de cereais maltados a cerveja, principalmente a clara, dourada e amarga “larger”, é a bebida mais apreciada no mundo. O aroma e o gosto travento vêm do lúpulo (humulus lúpulus) introduzido nos tempos medievais, sem ele a cerveja seria adocicada por causa do açúcar do cereal utilizado.
O chope chegou ao Brasil com a família real portuguesa, é a cerveja não pasteurizada e servida sob pressão. Bebê-lo era um privilégio da Corte. O colarinho de espuma que se forma são partículas da bebida misturadas com o gás carbônico, funciona como um isolante térmico, mantendo as características organolépticas e o frescor da bebida.
Segundo artigo publicado pelo British Medical o consumo consciente de cerveja diminui consideravelmente a incidência de problemas cardíacos. Na população da Baviera, maior consumidora no mundo, as doenças do coração na são relevantes.
Por aqui o Ministério da Saúde aponta o alcoolismo como a terceira causa de morte no Brasil, só ficando atrás dos males cardíacos e do câncer e é a principal causa de acidentes fatais no transito.
A bebida alcoólica é boa e má, os benefícios e os malefícios têm relação direta com o uso e o abuso, com a moderação e a compulsão.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Bactérias. A batalha quase perdida
Jornal Cachoeiras 30 10 2010
Estamos em desvantagem na luta travada contra os microorganismos, as bactérias tomaram à dianteira causando temor na humanidade. Desde advento da penicilina pelo escocês Alexander Fleming a batalha contra esses seres primitivos é alternada com avanços e recuos em ambas as frentes. Existem bactérias que despistam os antibióticos mudando sua conformação, o produto penetra em seu organismo, mas não encontram o seu alvo e há as que produzem enzimas que detonam com o medicamento administrado.
As bactérias resistentes normalmente aparecem em locais onde circulam mais os antibióticos como os hospitais, pondo em riscos os mais debilitados. O que assusta é seu aparecimento fora deste ambiente.
Na década de 80 algumas cepas resistentes surgiram na Alemanha; produzindo uma única enzima que vencia vários antibióticos ao mesmo tempo. A parte do DNA que comandava esta produção se duplicava e, o mais preocupante, era transmitido para outros tipos de bactérias. Nos anos noventa estes microorganismos resistentes se espalharam pelo mundo e hoje estão presentes inclusive em nossos hospitais.
Alguns acreditam que a era da antibioticoterapia está com os dias contados e novas drogas hão de ser compendiadas para que essa batalha, ainda não definida, continue. O Stafilococos já deixou pra traz quase duas centenas delas e hoje reina nos hospitais com os Enterococos, Pneumococos e as gram negativas Pseudomonas, Escherichia, Enterobacter e a super Klebsiella pneomoniae carbapenemase (KPC).
A utilização de antibacterianos tem de ser revista e normatizada pra que a guerra contra os microorganismos siga em equilíbrio. O uso não regulado destes produtos tem contribuído para o aparecimento de cepas bacterianas mais mortíferas.
O ingresso de antibióticos no nosso organismo, além da cominação racional, vem de várias maneiras: automedicação, prescrição inoportuna e ingestão de frangos, carne e outros produtos impregnados desses agentes. Estes animais recebem 30 vezes mais antibióticos do que os humanos.
Na verdade abusamos da parafernália farmacológica e menosprezamos o poderoso exército invisível que é encontrado nos mais recônditos lugares do planeta.
Estamos em desvantagem na luta travada contra os microorganismos, as bactérias tomaram à dianteira causando temor na humanidade. Desde advento da penicilina pelo escocês Alexander Fleming a batalha contra esses seres primitivos é alternada com avanços e recuos em ambas as frentes. Existem bactérias que despistam os antibióticos mudando sua conformação, o produto penetra em seu organismo, mas não encontram o seu alvo e há as que produzem enzimas que detonam com o medicamento administrado.
As bactérias resistentes normalmente aparecem em locais onde circulam mais os antibióticos como os hospitais, pondo em riscos os mais debilitados. O que assusta é seu aparecimento fora deste ambiente.
Na década de 80 algumas cepas resistentes surgiram na Alemanha; produzindo uma única enzima que vencia vários antibióticos ao mesmo tempo. A parte do DNA que comandava esta produção se duplicava e, o mais preocupante, era transmitido para outros tipos de bactérias. Nos anos noventa estes microorganismos resistentes se espalharam pelo mundo e hoje estão presentes inclusive em nossos hospitais.
Alguns acreditam que a era da antibioticoterapia está com os dias contados e novas drogas hão de ser compendiadas para que essa batalha, ainda não definida, continue. O Stafilococos já deixou pra traz quase duas centenas delas e hoje reina nos hospitais com os Enterococos, Pneumococos e as gram negativas Pseudomonas, Escherichia, Enterobacter e a super Klebsiella pneomoniae carbapenemase (KPC).
A utilização de antibacterianos tem de ser revista e normatizada pra que a guerra contra os microorganismos siga em equilíbrio. O uso não regulado destes produtos tem contribuído para o aparecimento de cepas bacterianas mais mortíferas.
O ingresso de antibióticos no nosso organismo, além da cominação racional, vem de várias maneiras: automedicação, prescrição inoportuna e ingestão de frangos, carne e outros produtos impregnados desses agentes. Estes animais recebem 30 vezes mais antibióticos do que os humanos.
Na verdade abusamos da parafernália farmacológica e menosprezamos o poderoso exército invisível que é encontrado nos mais recônditos lugares do planeta.
sábado, 23 de outubro de 2010
Escolhendo um filhote
Jornal Cachoeiras 23 10 2010
O estilo de vida tem de ser levado em conta na escolha de um filhote. Se você tem uma vida livre voltada a prática de esportes se adaptará melhor com o Fox terrier, Dinamarques, Dachshund, Boxer, Collie, Border ou Husky. Se sedentário opte pelo Pequinês, Golden retriever, Pug e Yorkshire. Para crianças é melhor o Poodle, Pirineu, Beagle e Labrador e pra sua segurança o Dobernann, Rottweiler, Starfordshire e Pit bull.
Ter um animal emocionalmente equilibrado e esbanjando saúde tem início na escolha do filhote, evite adquirir animais medrosos, tristes, tímidos e acanhados.
É importante conhecer sua ancestralidade. Displasia coxofemoral, oclusões dentárias, sarna demodécica, testículo incluso e personalidade inadequada podem ter uma gênese genética.
Na infância é onde acontece sua formação psicológica e a construção de sua personalidade, qualquer interferência ruinosa neste período ocasionará reflexos indesejáveis no futuro. Agressividade descontrolada, taras, fobias e inadequação ao meio familiar podem ser fruto de uma formação desequilibrada, resultante de violências físicas, confinamentos perpétuos e outros desvios atrozes.
Sob o ponto de vista médico veterinário medidas têm de ser adotadas em prol de uma boa saúde. Pulgas, carrapatos, sarnas, moscas e outros parasitas, por razões obvias, têm de estarem permanentemente sob controle, assim como os vermes intestinais.
Algumas enfermidades como a cinomose e parvovirose têm maior prevalência durante o período de crescimento, onde ainda não há uma eficaz barreira imunológica que é adquirida com anticorpos formados a partir da vacinação. É importante um bom programa de imunização instituído pelo médico veterinário de sua confiança.
Uma alimentação racional, equilibrada, rica em proteínas de boa qualidade, vitaminas, minerais e pobre em fibras é de vital importância para um bom desenvolvimento. Hoje o mercado alimentício animal dispões de boas rações.
Evite a alimentação emocional, nem tudo que é bom para o nosso organismo será bom para o seu animal.
O estilo de vida tem de ser levado em conta na escolha de um filhote. Se você tem uma vida livre voltada a prática de esportes se adaptará melhor com o Fox terrier, Dinamarques, Dachshund, Boxer, Collie, Border ou Husky. Se sedentário opte pelo Pequinês, Golden retriever, Pug e Yorkshire. Para crianças é melhor o Poodle, Pirineu, Beagle e Labrador e pra sua segurança o Dobernann, Rottweiler, Starfordshire e Pit bull.
Ter um animal emocionalmente equilibrado e esbanjando saúde tem início na escolha do filhote, evite adquirir animais medrosos, tristes, tímidos e acanhados.
É importante conhecer sua ancestralidade. Displasia coxofemoral, oclusões dentárias, sarna demodécica, testículo incluso e personalidade inadequada podem ter uma gênese genética.
Na infância é onde acontece sua formação psicológica e a construção de sua personalidade, qualquer interferência ruinosa neste período ocasionará reflexos indesejáveis no futuro. Agressividade descontrolada, taras, fobias e inadequação ao meio familiar podem ser fruto de uma formação desequilibrada, resultante de violências físicas, confinamentos perpétuos e outros desvios atrozes.
Sob o ponto de vista médico veterinário medidas têm de ser adotadas em prol de uma boa saúde. Pulgas, carrapatos, sarnas, moscas e outros parasitas, por razões obvias, têm de estarem permanentemente sob controle, assim como os vermes intestinais.
Algumas enfermidades como a cinomose e parvovirose têm maior prevalência durante o período de crescimento, onde ainda não há uma eficaz barreira imunológica que é adquirida com anticorpos formados a partir da vacinação. É importante um bom programa de imunização instituído pelo médico veterinário de sua confiança.
Uma alimentação racional, equilibrada, rica em proteínas de boa qualidade, vitaminas, minerais e pobre em fibras é de vital importância para um bom desenvolvimento. Hoje o mercado alimentício animal dispões de boas rações.
Evite a alimentação emocional, nem tudo que é bom para o nosso organismo será bom para o seu animal.
sábado, 16 de outubro de 2010
Cães na terceira idade
Jornal Cachoeiras 16 10 2010
Um “pequinês” com seis anos ainda é relativamente novo, um “fila” a partir desta idade começa a sofrer os efeitos do tempo. As raças menores vivem mais que as maiores.
Com a idade as articulações não são as mesmas e sofrem com as artrites, artroses, hérnias de disco e calcificações. O coração bate cansado e as alterações valvulares já se fazem notar com a tosse e o cansaço. Tumores invadem os órgãos e alguns com características malignas, na fêmea o mais comum é o mamário.
Os rins não filtram como antes e as impurezas e toxinas já não conseguem deixar o corpo através da urina, sobrecarregando e intoxicando o organismo do animal. É a insuficiência renal e a temida uremia.
A placa bacteriana enfraquece a raiz do dente provocando sua queda, além de gerar mau hálito, reduzir o apetite e inflamar as gengivas. A gengivite é uma porta de entrada para bactérias patogênicas infeccionar o organismo, pondo em risco o coração com a temida endocardite bacteriana.
Quando a velhice chega, cuidados com a saúde são imprescindíveis. Prevenir a obesidade, remover os tártaros, praticar exercícios físicos moderados e visitar o veterinário regularmente aumentam a longevidade com melhor qualidade de vida.
Catarata, doença vestibular, insuficiência cardíaca, doença renal crônica, alterações articulares e distúrbios glandulares têm relação com a senilidade.
Nunca esqueça que quanto mais idoso, mais o nosso melhor amigo precisa dos nossos cuidados.
Um “pequinês” com seis anos ainda é relativamente novo, um “fila” a partir desta idade começa a sofrer os efeitos do tempo. As raças menores vivem mais que as maiores.
Com a idade as articulações não são as mesmas e sofrem com as artrites, artroses, hérnias de disco e calcificações. O coração bate cansado e as alterações valvulares já se fazem notar com a tosse e o cansaço. Tumores invadem os órgãos e alguns com características malignas, na fêmea o mais comum é o mamário.
Os rins não filtram como antes e as impurezas e toxinas já não conseguem deixar o corpo através da urina, sobrecarregando e intoxicando o organismo do animal. É a insuficiência renal e a temida uremia.
A placa bacteriana enfraquece a raiz do dente provocando sua queda, além de gerar mau hálito, reduzir o apetite e inflamar as gengivas. A gengivite é uma porta de entrada para bactérias patogênicas infeccionar o organismo, pondo em risco o coração com a temida endocardite bacteriana.
Quando a velhice chega, cuidados com a saúde são imprescindíveis. Prevenir a obesidade, remover os tártaros, praticar exercícios físicos moderados e visitar o veterinário regularmente aumentam a longevidade com melhor qualidade de vida.
Catarata, doença vestibular, insuficiência cardíaca, doença renal crônica, alterações articulares e distúrbios glandulares têm relação com a senilidade.
Nunca esqueça que quanto mais idoso, mais o nosso melhor amigo precisa dos nossos cuidados.
sábado, 2 de outubro de 2010
A água que mata
Jornal Cachoeiras 01 10 2010
A água que mata a sede também mata com suas poluições e contaminações, sem falar das mortandades decorrentes dos desastres hidrometeorológicos. No próximo século será a vez da escassez também matar.
Grande parte dos 0,6 % disponíveis para utilização está inadequada. Do que resta uma boa parcela é impotável e assola com seus agravos grande parte da humanidade, principalmente nos países pobres.
A água sofre contaminação orgânica através dos biodegradáveis oriundos da prática agrícola; da contaminação química pelo clorados orgânicos e metais pesados; e da contaminação biológica pelos microorganismos.
As verminoses, a amebíase, a febre tifóide, as leptospiroses, a hepatite e a cólera ainda matam populações nas nações excluídas. Segundo a OMS a cada vinte segundos uma criança menor de cinco anos morre por enfermidade diarréica. No Brasil são mais de três milhões de famílias sem água tratada, a mercê das conseqüências decorrentes da sua não potabilidade.
Cada um de nós consome 300 mil litros/ano, dos quais a metade é desperdiçada. Só com o banho jogamos fora vinte mil.
China, Índia, África e Oriente médio já sentem o problema da falta d’água. No próximo século as guerras, hoje políticas e pelo domínio do petróleo, serão motivadas pela água.
O desperdício é um grande aliado da futura escassez, junto à poluição e contaminação. Atitudes simples como evitar vazamentos, adotar banho racional, não “varrer” o quintal com água, e não lavar o carro e a calçada com mangueira ajuda na sua preservação.
É obrigação do estado fornecer água adequada para o consumo. Proteger essa substância formada pelos dois gases, hidrogênio e oxigênio, é dever jurídico de cada cidadão.
Para sua segurança só consuma água de procedência confiável e não a deixe parada por aí, o Aedes aegypti está a caminho.
A água que mata a sede também mata com suas poluições e contaminações, sem falar das mortandades decorrentes dos desastres hidrometeorológicos. No próximo século será a vez da escassez também matar.
Grande parte dos 0,6 % disponíveis para utilização está inadequada. Do que resta uma boa parcela é impotável e assola com seus agravos grande parte da humanidade, principalmente nos países pobres.
A água sofre contaminação orgânica através dos biodegradáveis oriundos da prática agrícola; da contaminação química pelo clorados orgânicos e metais pesados; e da contaminação biológica pelos microorganismos.
As verminoses, a amebíase, a febre tifóide, as leptospiroses, a hepatite e a cólera ainda matam populações nas nações excluídas. Segundo a OMS a cada vinte segundos uma criança menor de cinco anos morre por enfermidade diarréica. No Brasil são mais de três milhões de famílias sem água tratada, a mercê das conseqüências decorrentes da sua não potabilidade.
Cada um de nós consome 300 mil litros/ano, dos quais a metade é desperdiçada. Só com o banho jogamos fora vinte mil.
China, Índia, África e Oriente médio já sentem o problema da falta d’água. No próximo século as guerras, hoje políticas e pelo domínio do petróleo, serão motivadas pela água.
O desperdício é um grande aliado da futura escassez, junto à poluição e contaminação. Atitudes simples como evitar vazamentos, adotar banho racional, não “varrer” o quintal com água, e não lavar o carro e a calçada com mangueira ajuda na sua preservação.
É obrigação do estado fornecer água adequada para o consumo. Proteger essa substância formada pelos dois gases, hidrogênio e oxigênio, é dever jurídico de cada cidadão.
Para sua segurança só consuma água de procedência confiável e não a deixe parada por aí, o Aedes aegypti está a caminho.
sábado, 25 de setembro de 2010
A asma e o gato
Jornal Cachoeiras 25 09 2010
Os gatos são ágeis, surpreendentes, independentes e bastante misteriosos. São tidos como os maiores predadores, pela forma, sagacidade e diversidade de vítimas que predam.
O Miacis é o seu ancestral, como de outros felinos e cães. Uma de suas ramificações deu origem ao primeiro gato, o prociluris, até chegar ao Felis lunensis, pai dos atuais gatos selvagens.
Esses felinos são bastante excêntricos, alguns adultos e nunca os filhotes, aprecia o “catnip”, uma erva que possui uma substância oleosa denominada hepetalactone, que lhes proporciona um estado de semiêxtase e euforia. Este óleo entra na confecção de muitos produtos e brinquedos de gatos, também é utilizado no reumatismo e como repelente de insetos.
Possuem o hábito de afiar as unhas em sofás, árvores e outros objetos. É uma forma de manter suas garras em dia e delimitar seu território.
Seus olhos brilham no escuro devido ao tapetum lucidum, uma camada de células especializadas localizada por detrás da retina, que reflete a luz através de suas pupilas dilatadas, acentuando sua visão noturna.
Existem várias teorias que explicam o ronronar, vocalização de baixo timbre audível a curta distância emitida geralmente quando o gato está feliz ou relaxado. Desde a passagem do ar pelas falsas cordas vocais e vibração das vizinhas pregas vestibulares até a passagem do sangue pela artéria aorta, resultando num ruído turbulento amplificado no seu diafragma. Atualmente acredita-se ser produzido por impulsos rítmicos da laringe. Sabe-se que o ronronar libera endorfinas levando o animal a uma sensação momentânea de felicidade e bem estar.
Os gatos não transmitem asma como muitos pensam. Uma proteína contida em sua saliva que fica na pelagem com a lambedura, se aspirada, desencadeia crises nos asmáticos. Banhos regulares diminuem a concentração desta substância nos pêlos, tornando-os menos incômodos. Crianças que convivem com os gatos desde a tenra infância podem desenvolver imunidade a esse alérgeno.
A propósito, os gatos devem ser vacinados anualmente contra a panleucopenia, clamidiose, calicivirose, rinotraqueíte e raiva.
Os gatos são ágeis, surpreendentes, independentes e bastante misteriosos. São tidos como os maiores predadores, pela forma, sagacidade e diversidade de vítimas que predam.
O Miacis é o seu ancestral, como de outros felinos e cães. Uma de suas ramificações deu origem ao primeiro gato, o prociluris, até chegar ao Felis lunensis, pai dos atuais gatos selvagens.
Esses felinos são bastante excêntricos, alguns adultos e nunca os filhotes, aprecia o “catnip”, uma erva que possui uma substância oleosa denominada hepetalactone, que lhes proporciona um estado de semiêxtase e euforia. Este óleo entra na confecção de muitos produtos e brinquedos de gatos, também é utilizado no reumatismo e como repelente de insetos.
Possuem o hábito de afiar as unhas em sofás, árvores e outros objetos. É uma forma de manter suas garras em dia e delimitar seu território.
Seus olhos brilham no escuro devido ao tapetum lucidum, uma camada de células especializadas localizada por detrás da retina, que reflete a luz através de suas pupilas dilatadas, acentuando sua visão noturna.
Existem várias teorias que explicam o ronronar, vocalização de baixo timbre audível a curta distância emitida geralmente quando o gato está feliz ou relaxado. Desde a passagem do ar pelas falsas cordas vocais e vibração das vizinhas pregas vestibulares até a passagem do sangue pela artéria aorta, resultando num ruído turbulento amplificado no seu diafragma. Atualmente acredita-se ser produzido por impulsos rítmicos da laringe. Sabe-se que o ronronar libera endorfinas levando o animal a uma sensação momentânea de felicidade e bem estar.
Os gatos não transmitem asma como muitos pensam. Uma proteína contida em sua saliva que fica na pelagem com a lambedura, se aspirada, desencadeia crises nos asmáticos. Banhos regulares diminuem a concentração desta substância nos pêlos, tornando-os menos incômodos. Crianças que convivem com os gatos desde a tenra infância podem desenvolver imunidade a esse alérgeno.
A propósito, os gatos devem ser vacinados anualmente contra a panleucopenia, clamidiose, calicivirose, rinotraqueíte e raiva.
sábado, 18 de setembro de 2010
Paz, amor e problemas
Jornal Cachoeiras 18 09 2010
“... Mas aos pombais as pombas voltam, e os sonhos aos corações não voltam mais.”
Esta analogia do parnaso Raimundo Correia, faz-me lembrar do dedicado professor Marcos, que lecionava português no Ginásio Anacleto de Queiroz da Cachoeiras dos anos 60.
Uma pomba simboliza a paz, duas o amor e mais, grandes problemas. O pombo foi introduzido no país por volta de 1606 através de navios oriundos do continente europeu, principalmente da costa da Inglaterra e Portugal. Encontraram nas cidades farta alimentação, abrigáveis condições arquitetônicas parecidas com o habitat rochoso de seus ancestrais do Velho Mundo, e a hospitalidade do brasileiro ao exótico.
Anualmente a Columba liva gera seis ninhadas de dois ovos chocados em 18 dias. Seus predadores naturais são as aves de rapina que, em pequeno número nas áreas urbanas, nem chegam a ameaçá-los. Em aeroportos são empregados falcões no seu controle já que é uma ameaça à segurança dos vôos.
Essa ave Columbidae alberga organismos e vetores de enfermidades comuns ao homem, como a histoplasmose, criptococose, toxoplasmose, ornitose, salmonelose e piolhos, que abrigam a bactéria Rickéttsia, responsável pelo “tifo epidérmico” em humanos. Quando os pombos são expulsos, os famintos ácaros hematófagos saem sedentos à procura de sangue humano para o seu repasto.
Os pombos não só transmitem enfermidades, como também causam danos materiais, entupindo ralos, calhas e corroendo metais, madeiras, pedras e superfícies das edificações devido à acidez dos excrementos.
Existem vários métodos de controle, que vão desde a utilização de barreira física, inclinação de superfície de pouso, pombais de reprodução controlada, assustadores auditivos e visuais, uso de repelentes e emprego de anticoncepcional. Obtêm-se melhores resultados com a integração de métodos.
Segundo o Artigo 20, parágrafo XXX da Lei Ambiental 9605/98, os pombos são animais domésticos, matá-los ou causar-lhes danos físicos é passível de pena de reclusão inafiançável de até cinco anos. Daí a importância da inclusão da educação sanitária nas atividades de controle voltada a não alimentá-los, já que a oferta de alimentos é diretamente proporcional ao seu aumento populacional.
Ronaldo Rocha
“... Mas aos pombais as pombas voltam, e os sonhos aos corações não voltam mais.”
Esta analogia do parnaso Raimundo Correia, faz-me lembrar do dedicado professor Marcos, que lecionava português no Ginásio Anacleto de Queiroz da Cachoeiras dos anos 60.
Uma pomba simboliza a paz, duas o amor e mais, grandes problemas. O pombo foi introduzido no país por volta de 1606 através de navios oriundos do continente europeu, principalmente da costa da Inglaterra e Portugal. Encontraram nas cidades farta alimentação, abrigáveis condições arquitetônicas parecidas com o habitat rochoso de seus ancestrais do Velho Mundo, e a hospitalidade do brasileiro ao exótico.
Anualmente a Columba liva gera seis ninhadas de dois ovos chocados em 18 dias. Seus predadores naturais são as aves de rapina que, em pequeno número nas áreas urbanas, nem chegam a ameaçá-los. Em aeroportos são empregados falcões no seu controle já que é uma ameaça à segurança dos vôos.
Essa ave Columbidae alberga organismos e vetores de enfermidades comuns ao homem, como a histoplasmose, criptococose, toxoplasmose, ornitose, salmonelose e piolhos, que abrigam a bactéria Rickéttsia, responsável pelo “tifo epidérmico” em humanos. Quando os pombos são expulsos, os famintos ácaros hematófagos saem sedentos à procura de sangue humano para o seu repasto.
Os pombos não só transmitem enfermidades, como também causam danos materiais, entupindo ralos, calhas e corroendo metais, madeiras, pedras e superfícies das edificações devido à acidez dos excrementos.
Existem vários métodos de controle, que vão desde a utilização de barreira física, inclinação de superfície de pouso, pombais de reprodução controlada, assustadores auditivos e visuais, uso de repelentes e emprego de anticoncepcional. Obtêm-se melhores resultados com a integração de métodos.
Segundo o Artigo 20, parágrafo XXX da Lei Ambiental 9605/98, os pombos são animais domésticos, matá-los ou causar-lhes danos físicos é passível de pena de reclusão inafiançável de até cinco anos. Daí a importância da inclusão da educação sanitária nas atividades de controle voltada a não alimentá-los, já que a oferta de alimentos é diretamente proporcional ao seu aumento populacional.
Ronaldo Rocha
sábado, 11 de setembro de 2010
Do vilão Drácula ao herói Batman
Jornal Cachoeiras 11 09 2010
Associados à noite, à natureza proibida e metamorfoseados no vilão Drácula e no herói Batman, esses únicos mamíferos voadores dividem com sanguessugas, carrapatos, pulgas, barbeiros, percevejos, tentilhões vampiros, candirus, piranhas e fêmeas de mosquito o gosto pelo rubro néctar da vida que corre nas veias, vênulas, artérias e arteríolas dos animais de sangue quente.
Todas as noites colônias de morcegos saem de seus abrigos a procura de alimento. A maioria, das mais de mil espécies, é onívora, insetívora, folívora, ranívora, carnívora, nectarívora, melinívora, polinívora, piscívora, frugívora e apenas três se alimentam de sangue, o comum Desmodus rotundus, o de perna peluda Diphylla ecaudata e o de asa branca Diaemus youngi, encontrados somente no sul do México, nas Ilhas Caribenhas e no continente sul americano.
Esses alados mamíferos hematófagos possuem afiadíssimos dentes cortantes. Localizam vasos sanguíneos na pele de sua vítima através da termorrecepçcão, evitando com isto despertar a vítima com mordida desnecessária que é superficial e quase indolor. O sangue incoagulável que flui do vaso rompido é lambido, e não sorvido como muitos pensam. O morcego vampiro volta sedento ao local ferido a cada dois a três dias podendo provocar anemia, infecção na pele e miíase (bicheira), e são transmissores da temível raiva principalmente nos herbívoros.
Não mate indiscriminadamente os quirópteros, pois muitas espécies fazem parte da cadeia alimentar, vital para a saúde do meio ambiente. Os que se alimentam de frutas podem dispersar mais de 500 sementes em uma única noite e são os maiores polinizadores de bananais nas matas nativas. Os insetívoros ingerem por dia aproximadamente quase metade do seu peso em insetos. Deve-se ter cuidado para não eliminar as espécies inócuas que compartilham com os vampiros os abrigos em baixo de pontes, grutas, telhados, cavernas, túneis ou casas abandonadas. A mordida em humanos é rara e quando acontecem os locais preferidos são os espaços interdigitais das mãos e dos pés, pescoço, orelhas, braços e pernas.
Em suas fezes dessecadas pode ocorrer desenvolvimento do fungo que causa a histoplasmose. Para evitar a absorção do esporo do Histoplasma capsulatum deve-se usar proteção na boca e nariz sempre que entrar em seus abrigos.
As substâncias vampiricidas só devem ser utilizadas por pessoal treinado. Impedir através da vedação o acesso aos forros e sótãos e utilizar luminosidade e produtos repelentes são maneiras de evitar a concentração desses animais.
Em caso de acidente com morcegos procure cuidado médico.
Associados à noite, à natureza proibida e metamorfoseados no vilão Drácula e no herói Batman, esses únicos mamíferos voadores dividem com sanguessugas, carrapatos, pulgas, barbeiros, percevejos, tentilhões vampiros, candirus, piranhas e fêmeas de mosquito o gosto pelo rubro néctar da vida que corre nas veias, vênulas, artérias e arteríolas dos animais de sangue quente.
Todas as noites colônias de morcegos saem de seus abrigos a procura de alimento. A maioria, das mais de mil espécies, é onívora, insetívora, folívora, ranívora, carnívora, nectarívora, melinívora, polinívora, piscívora, frugívora e apenas três se alimentam de sangue, o comum Desmodus rotundus, o de perna peluda Diphylla ecaudata e o de asa branca Diaemus youngi, encontrados somente no sul do México, nas Ilhas Caribenhas e no continente sul americano.
Esses alados mamíferos hematófagos possuem afiadíssimos dentes cortantes. Localizam vasos sanguíneos na pele de sua vítima através da termorrecepçcão, evitando com isto despertar a vítima com mordida desnecessária que é superficial e quase indolor. O sangue incoagulável que flui do vaso rompido é lambido, e não sorvido como muitos pensam. O morcego vampiro volta sedento ao local ferido a cada dois a três dias podendo provocar anemia, infecção na pele e miíase (bicheira), e são transmissores da temível raiva principalmente nos herbívoros.
Não mate indiscriminadamente os quirópteros, pois muitas espécies fazem parte da cadeia alimentar, vital para a saúde do meio ambiente. Os que se alimentam de frutas podem dispersar mais de 500 sementes em uma única noite e são os maiores polinizadores de bananais nas matas nativas. Os insetívoros ingerem por dia aproximadamente quase metade do seu peso em insetos. Deve-se ter cuidado para não eliminar as espécies inócuas que compartilham com os vampiros os abrigos em baixo de pontes, grutas, telhados, cavernas, túneis ou casas abandonadas. A mordida em humanos é rara e quando acontecem os locais preferidos são os espaços interdigitais das mãos e dos pés, pescoço, orelhas, braços e pernas.
Em suas fezes dessecadas pode ocorrer desenvolvimento do fungo que causa a histoplasmose. Para evitar a absorção do esporo do Histoplasma capsulatum deve-se usar proteção na boca e nariz sempre que entrar em seus abrigos.
As substâncias vampiricidas só devem ser utilizadas por pessoal treinado. Impedir através da vedação o acesso aos forros e sótãos e utilizar luminosidade e produtos repelentes são maneiras de evitar a concentração desses animais.
Em caso de acidente com morcegos procure cuidado médico.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
O ataque do cachorro louco
Jornal Cachoeiras 28 08 2010
Desde que o Imperador romano Cesar Augusto, para não ficar atrás de Julio César homenageado com o mês de julho, colocou 31 dias no seu agosto as coisas não deram certo para este mês carregado de agouros e superstições.
Agosto carrega fatos que corroboram sua negatividade - o start da primeira grande guerra, o suicídio de Vargas, a edificação do muro de Berlim, o início da matança entre Católicos e Protestantes na Irlanda, a desintegração de quase 150 mil pessoas em Nagasaki e Hiroshima, renuncia de Jânio Quadros, morte súbita de Juscelino Kubitschek e o ataque do cachorro louco. Não é a toa que a campanha anual de vacinação anti-rábica é realizada em setembro, logo após agosto.
Deixando as superstições e magias à parte, a verdade é que a grande luminosidade dessa época do ano incita o cio e a sexualidade dos mamíferos, e em conseqüência a promiscuidade e contendas com a inevitável disseminação do letal vírus da raiva, principalmente nos cães de rua. No Brasil o transmissor do Rabdovírus para os animais é o morcego hematófago (Desmodus rotundus). Na raiva humana o principal reservatório é o cão, mas outros mamíferos também podem estar envolvidos. A única forma de transmissão conhecida entre humanos é através do transplante de córnea.
Na Grécia antiga Aristóteles, o aluno de Platão, já alertava sobre o perigo da mordida dos cães raivosos, época em que pensavam que a sede intensa, insatisfação sexual, hiper excitabilidade ou ingestão de alimentos muito quentes causava raiva.
A partir do local mordido, arranhado ou lambido, as partículas virais contidas na saliva ganham os axônios das terminações nervosas, propagando-se em direção à medula espinhal e cérebro, numa velocidade de 1 mm por hora. A vítima fica consciente em toda sua progressão, vivenciando o quadro clínico da fase de excitação, com espasmos alucinantes da laringe e faringe e dores lancinantes ao ingerir água e alimentos, o que ocasiona um medo intenso de líquidos, daí o nome hidrofobia. Nesta fase pode ocorrer hostilidade, agressão, alucinação e ansiedade extrema decorrente de estímulos aleatórios visuais e acústicos. A fase paralítica termina em asfixia, coma e morte.
Animais susceptíveis a raiva devem ser vacinados anualmente, e acidentes com os mesmos requer atenção dos serviços de saúde impreterivelmente.
Vacine seu cão e gato contra a raiva, em beneficio de homens e animais.
“Homenageio com este trabalho o maior especialista em raiva que se teve notícia, meu professor de virologia Dr. Renato Silva que muito contribuiu com seu saber nas salas da UFRRJ.”
Desde que o Imperador romano Cesar Augusto, para não ficar atrás de Julio César homenageado com o mês de julho, colocou 31 dias no seu agosto as coisas não deram certo para este mês carregado de agouros e superstições.
Agosto carrega fatos que corroboram sua negatividade - o start da primeira grande guerra, o suicídio de Vargas, a edificação do muro de Berlim, o início da matança entre Católicos e Protestantes na Irlanda, a desintegração de quase 150 mil pessoas em Nagasaki e Hiroshima, renuncia de Jânio Quadros, morte súbita de Juscelino Kubitschek e o ataque do cachorro louco. Não é a toa que a campanha anual de vacinação anti-rábica é realizada em setembro, logo após agosto.
Deixando as superstições e magias à parte, a verdade é que a grande luminosidade dessa época do ano incita o cio e a sexualidade dos mamíferos, e em conseqüência a promiscuidade e contendas com a inevitável disseminação do letal vírus da raiva, principalmente nos cães de rua. No Brasil o transmissor do Rabdovírus para os animais é o morcego hematófago (Desmodus rotundus). Na raiva humana o principal reservatório é o cão, mas outros mamíferos também podem estar envolvidos. A única forma de transmissão conhecida entre humanos é através do transplante de córnea.
Na Grécia antiga Aristóteles, o aluno de Platão, já alertava sobre o perigo da mordida dos cães raivosos, época em que pensavam que a sede intensa, insatisfação sexual, hiper excitabilidade ou ingestão de alimentos muito quentes causava raiva.
A partir do local mordido, arranhado ou lambido, as partículas virais contidas na saliva ganham os axônios das terminações nervosas, propagando-se em direção à medula espinhal e cérebro, numa velocidade de 1 mm por hora. A vítima fica consciente em toda sua progressão, vivenciando o quadro clínico da fase de excitação, com espasmos alucinantes da laringe e faringe e dores lancinantes ao ingerir água e alimentos, o que ocasiona um medo intenso de líquidos, daí o nome hidrofobia. Nesta fase pode ocorrer hostilidade, agressão, alucinação e ansiedade extrema decorrente de estímulos aleatórios visuais e acústicos. A fase paralítica termina em asfixia, coma e morte.
Animais susceptíveis a raiva devem ser vacinados anualmente, e acidentes com os mesmos requer atenção dos serviços de saúde impreterivelmente.
Vacine seu cão e gato contra a raiva, em beneficio de homens e animais.
“Homenageio com este trabalho o maior especialista em raiva que se teve notícia, meu professor de virologia Dr. Renato Silva que muito contribuiu com seu saber nas salas da UFRRJ.”
sábado, 21 de agosto de 2010
Que mico!
Jornal Cachoeiras 21 08 2010
Faltam menos de 10 % para a aniquilação total da Mata Atlântica, mas mesmo assim ela ainda detém a maior diversidade de todos os ecossistemas do planeta, só perdendo para as florestas de Madagascar, que também tem sérios problemas ambientais. Um único hectare da Atlântica comporta mais espécies de árvores do que todo continente europeu.
Oriundos da caatinga arbórea da região do Velho Chico e do Cerrado Baiano, as populações de sagüis de tufo preto (Callithrix penicillata) e o de tufo branco (Callithrix jacchus), crescem em progressão geométrica no novo lar, causando reflexos negativos na vida da mata fluminense.
Ameaçados estão o sagüi-da-serra (Callithrix flaviceps), o “caveirinha” sagüi-da-serra-escuro (Callithrix aurita) e o mico leão dourado (Leontopithecus rosalia). Também reclamam da “ocupação” os sabiás, os sanhaços e outros passeriformes que perdem seus ovos para os pequenos primatas nordestinos. Estes grileiros calitriquiídeos predam, roubam a moradia e saqueiam o alimento dos primatas cariocas. Sob o ponto de vista da saúde pública hospedam o herpes vírus e são um dos principais transmissores da temida raiva humana no Nordeste Brasileiro.
A invasão de um habitat por espécies não autóctones ocasiona outro problema, a temida hibridação com o crescimento de populações mestiças que tendem a tomar o lugar dos habitantes locais, pondo em xeque os programas de conservação.
Atualmente o animal exótico é a segunda maior ameaça à biodiversidade em todo mundo, só ficando atrás do desmatamento e da queimada. No país existe perto de meia centena deles, dos quais a rã touro, o mexilhão vermelho, o búfalo, o javali e o caramujo africano preocupam por sua alta dispersão. O mexilhão foi o único não solto na natureza; chegou a nós vindos dos rios chineses na água de lastro dos navios.
É uma tendência humana alimentar estes primatas silvestres, o que não é bom nem para eles e nem para o meio ambiente. O ideal seria removê-los do habitat ou, esterilizar suas populações através de meios contraceptivos, o que não é barato.
Há relatos da soltura de micos resgatados por órgãos de controle ambiental em atividades de fiscalização, colaborando com a dispersão dos sagüis invasores. Que mico!
Faltam menos de 10 % para a aniquilação total da Mata Atlântica, mas mesmo assim ela ainda detém a maior diversidade de todos os ecossistemas do planeta, só perdendo para as florestas de Madagascar, que também tem sérios problemas ambientais. Um único hectare da Atlântica comporta mais espécies de árvores do que todo continente europeu.
Oriundos da caatinga arbórea da região do Velho Chico e do Cerrado Baiano, as populações de sagüis de tufo preto (Callithrix penicillata) e o de tufo branco (Callithrix jacchus), crescem em progressão geométrica no novo lar, causando reflexos negativos na vida da mata fluminense.
Ameaçados estão o sagüi-da-serra (Callithrix flaviceps), o “caveirinha” sagüi-da-serra-escuro (Callithrix aurita) e o mico leão dourado (Leontopithecus rosalia). Também reclamam da “ocupação” os sabiás, os sanhaços e outros passeriformes que perdem seus ovos para os pequenos primatas nordestinos. Estes grileiros calitriquiídeos predam, roubam a moradia e saqueiam o alimento dos primatas cariocas. Sob o ponto de vista da saúde pública hospedam o herpes vírus e são um dos principais transmissores da temida raiva humana no Nordeste Brasileiro.
A invasão de um habitat por espécies não autóctones ocasiona outro problema, a temida hibridação com o crescimento de populações mestiças que tendem a tomar o lugar dos habitantes locais, pondo em xeque os programas de conservação.
Atualmente o animal exótico é a segunda maior ameaça à biodiversidade em todo mundo, só ficando atrás do desmatamento e da queimada. No país existe perto de meia centena deles, dos quais a rã touro, o mexilhão vermelho, o búfalo, o javali e o caramujo africano preocupam por sua alta dispersão. O mexilhão foi o único não solto na natureza; chegou a nós vindos dos rios chineses na água de lastro dos navios.
É uma tendência humana alimentar estes primatas silvestres, o que não é bom nem para eles e nem para o meio ambiente. O ideal seria removê-los do habitat ou, esterilizar suas populações através de meios contraceptivos, o que não é barato.
Há relatos da soltura de micos resgatados por órgãos de controle ambiental em atividades de fiscalização, colaborando com a dispersão dos sagüis invasores. Que mico!
sábado, 14 de agosto de 2010
O inseto da bananeira
Jornal Cachoeiras 14 08 2010
Este díptero culicóide de hábito diurno sorve nosso sangue não pra se alimentar - pois seu cardápio é constituído basicamente de extratos vegetais - mas para maturar os seus ovos.
O mosquito pólvora ou maruim – que em tupi guarani quer dizer mosca pequena - ataca principalmente no crepúsculo. Há muita coceira e dor local provocada pela presença de uma alergênica proteína na sua saliva, o que pode resultar em distúrbios na pele decorrentes dos microtraumas oriundos da intensa coçadura.
Por ser minúsculo não é muito notado e voa pouco, não se distanciando muito do seu local de eclosão; é mais ativo na estação quente.
Além do incômodo doloroso pode transmitir algumas enfermidades durante o repasto sanguíneo. Em algumas regiões do Norte é responsável por epidemias da “febre de Oropouche” e de outras encefalites viróticas no homem. Em locais endêmicos veicula o verme nematóide Wuchereria agente causador da filariose ou elenfatíase. É também responsável pela transmissão do vírus da língua azul (blue tong) nos animais biungulados.
Prolifera na matéria orgânica das quentes e úmidas matas riachos e brejos; o principal nicho para a sua reprodução é o pseudocaule, folha, engaço e coração da Musaceae (bananeira) em decomposição. Sua densidade é maior nas proximidades das plantações de banana.
Colocar telas finas nas portas e janelas, vestir calças e camisas de manga comprida e utilizar inseticidas com precaução são maneiras de se proteger da investida deste artrópode.
Uma receita caseira para aliviar a prurido e minimizar a vermelhidão na pele é colocar no local uma pasta espessa de maizena com vinagre.
È importante para o seu controle um manejo racional do cultivo da banana. O maruim também se alimenta no apodrecimento da casca do arroz e outros restos de plantações.
Seus predadores naturais provavelmente são os anfíbios e as aves.
Este díptero culicóide de hábito diurno sorve nosso sangue não pra se alimentar - pois seu cardápio é constituído basicamente de extratos vegetais - mas para maturar os seus ovos.
O mosquito pólvora ou maruim – que em tupi guarani quer dizer mosca pequena - ataca principalmente no crepúsculo. Há muita coceira e dor local provocada pela presença de uma alergênica proteína na sua saliva, o que pode resultar em distúrbios na pele decorrentes dos microtraumas oriundos da intensa coçadura.
Por ser minúsculo não é muito notado e voa pouco, não se distanciando muito do seu local de eclosão; é mais ativo na estação quente.
Além do incômodo doloroso pode transmitir algumas enfermidades durante o repasto sanguíneo. Em algumas regiões do Norte é responsável por epidemias da “febre de Oropouche” e de outras encefalites viróticas no homem. Em locais endêmicos veicula o verme nematóide Wuchereria agente causador da filariose ou elenfatíase. É também responsável pela transmissão do vírus da língua azul (blue tong) nos animais biungulados.
Prolifera na matéria orgânica das quentes e úmidas matas riachos e brejos; o principal nicho para a sua reprodução é o pseudocaule, folha, engaço e coração da Musaceae (bananeira) em decomposição. Sua densidade é maior nas proximidades das plantações de banana.
Colocar telas finas nas portas e janelas, vestir calças e camisas de manga comprida e utilizar inseticidas com precaução são maneiras de se proteger da investida deste artrópode.
Uma receita caseira para aliviar a prurido e minimizar a vermelhidão na pele é colocar no local uma pasta espessa de maizena com vinagre.
È importante para o seu controle um manejo racional do cultivo da banana. O maruim também se alimenta no apodrecimento da casca do arroz e outros restos de plantações.
Seus predadores naturais provavelmente são os anfíbios e as aves.
sábado, 31 de julho de 2010
Habitantes da noite
Jornal Cachoeiras 31 07 2010
Das espécies de ratos existentes em nosso meio a ratazana, gabiru ou rato de esgoto é a que possui maior importância com relação à saúde pública. Esses asquerosos habitantes da noite difundem leptospirose, tifo, antavirose e peste bubônica entre outras zoonoses; causam prejuízos econômicos contaminando alimentos, destruindo utensílios e edificações, e dão à cidade um aspecto de desleixo e insalubridade. Seu surgimento durante o dia é indicativo de altíssima infestação
Estes comensais fossoriais são agressivos e bem organizados. Suas comunidades - formadas por adultos dominantes e, velhos, doentes e fracos dominados - são neofóbicas, isto é, possuem aversão a tudo que é novo; na presença de uma nova fonte de alimento os membros sobrepujados serão usados no primeiro contato, se morrerem o restante da colônia a ignorará.
A estabilidade da colônia de Rattus norvegicus é dependente de três condições básicas: água, abrigo e alimentos encontrados no lixo e seus bolsões. O seu tamanho tem relação direta com a oferta de nutrimentos: quanto maior mais indivíduos nascerão, e com sua diminuição, a baixa fertilidade, a competição entre colônias e o canibalismo serão fatores limitantes a proliferação.
A utilização de venenos como medida de controle representa risco às espécies animais não alvos, além de acarretar impacto ao meio ambiente pela contaminação da água e do solo. A desratização química é utilizada quando as atividades preventivas - que passam pela educação sanitária, tratamento do lixo e saneamento básico – são ineficientes ou não são adotadas; o uso de raticidas por si só não representa eficácia nas ações de combate e sua utilização requer cuidados e bom senso na aplicação, para que acidentes desagradáveis não aconteçam. Sem um programa de anti-ratização adequado, as atividades de controle serão incipientes, já que a dinâmica populacional desses sinantrópicos é bastante acentuada.
Contribua com o setor municipal de combate aos roedores não jogando detritos nas ruas e margens dos rios, mantendo limpos quintais e terrenos baldios, evitando entulhos no peri-domicílio e dispondo o lixo na rua pouco antes da passagem do caminhão de coleta.
Das espécies de ratos existentes em nosso meio a ratazana, gabiru ou rato de esgoto é a que possui maior importância com relação à saúde pública. Esses asquerosos habitantes da noite difundem leptospirose, tifo, antavirose e peste bubônica entre outras zoonoses; causam prejuízos econômicos contaminando alimentos, destruindo utensílios e edificações, e dão à cidade um aspecto de desleixo e insalubridade. Seu surgimento durante o dia é indicativo de altíssima infestação
Estes comensais fossoriais são agressivos e bem organizados. Suas comunidades - formadas por adultos dominantes e, velhos, doentes e fracos dominados - são neofóbicas, isto é, possuem aversão a tudo que é novo; na presença de uma nova fonte de alimento os membros sobrepujados serão usados no primeiro contato, se morrerem o restante da colônia a ignorará.
A estabilidade da colônia de Rattus norvegicus é dependente de três condições básicas: água, abrigo e alimentos encontrados no lixo e seus bolsões. O seu tamanho tem relação direta com a oferta de nutrimentos: quanto maior mais indivíduos nascerão, e com sua diminuição, a baixa fertilidade, a competição entre colônias e o canibalismo serão fatores limitantes a proliferação.
A utilização de venenos como medida de controle representa risco às espécies animais não alvos, além de acarretar impacto ao meio ambiente pela contaminação da água e do solo. A desratização química é utilizada quando as atividades preventivas - que passam pela educação sanitária, tratamento do lixo e saneamento básico – são ineficientes ou não são adotadas; o uso de raticidas por si só não representa eficácia nas ações de combate e sua utilização requer cuidados e bom senso na aplicação, para que acidentes desagradáveis não aconteçam. Sem um programa de anti-ratização adequado, as atividades de controle serão incipientes, já que a dinâmica populacional desses sinantrópicos é bastante acentuada.
Contribua com o setor municipal de combate aos roedores não jogando detritos nas ruas e margens dos rios, mantendo limpos quintais e terrenos baldios, evitando entulhos no peri-domicílio e dispondo o lixo na rua pouco antes da passagem do caminhão de coleta.
sábado, 24 de julho de 2010
Rosa de mau cheiro e areia grossa
(Jornal Cachoeiras 24/07/2010)
Conhecido pelos gregos da antiguidade como a "rosa de mau cheiro", há mais de cinco mil anos é utilizado em virtude das suas propriedades medicinais. Não é a toa que Nero, o incendiário, abusava do seu consumo, chegando até a interromper o consumo de outro alimento. As culturas egípcia, indiana, grega e romana já sabiam que essa raiz arrestava qualidades na prevenção e cura das doenças.
O alho (Allium sativum) possui entre outras inúmeras propriedades medicinais, atividade antimicrobiana, antiparasitária e antiviral. Nas feridas e na pele inflamada inibe a agregação plaquetária e ativa a fibrinólise facilitando o processo de cicatrização. São parte de sua composição as fructosanas, alliin (um derivado do aminoácido cisteína, responsável pelo seu odor característico), vitaminas, adenosina, e sais minerais. Pesquisadores descobriram que o alho aumenta a atividade das células exterminadoras naturais (natural killer), destruidoras das células cancerosas.
Também remonta à antiguidade, as propriedades medicinais do açúcar na cicatrização de feridas. Pesquisas recentes revelam seu grande poder na formação de tecido de epitelização nas infecções da pele dos animais.
Este carboidrato possui ação antibacteriana fenomenal e não foram demonstrados reações adversas e efeitos colaterais quando utilizados em animais diabéticos.
O açúcar cria um ambiente com baixo teor de umidade e conseqüente alta osmolaridade no tecido infectado, diminuindo a proliferação de microorganismos patogênicos, além de atrair para a ferida os macrófagos (células brancas), especializados na remoção de tecidos desvitalizados, presentes nos processos necrosantes. Este eficiente cicatrizante possui outra grande vantagem, como o alho, é acessível e barato. Os cremes e pomadas disponibilizados pela indústria farmacêutica são muito caros e alguns inacessíveis a maioria dos consumidores.
A propósito, a palavra açúcar vem do árabe “al zukkar” e tem sua origem primitiva no termo sânscrito “sharkara” que significa “areia grossa”.
Conhecido pelos gregos da antiguidade como a "rosa de mau cheiro", há mais de cinco mil anos é utilizado em virtude das suas propriedades medicinais. Não é a toa que Nero, o incendiário, abusava do seu consumo, chegando até a interromper o consumo de outro alimento. As culturas egípcia, indiana, grega e romana já sabiam que essa raiz arrestava qualidades na prevenção e cura das doenças.
O alho (Allium sativum) possui entre outras inúmeras propriedades medicinais, atividade antimicrobiana, antiparasitária e antiviral. Nas feridas e na pele inflamada inibe a agregação plaquetária e ativa a fibrinólise facilitando o processo de cicatrização. São parte de sua composição as fructosanas, alliin (um derivado do aminoácido cisteína, responsável pelo seu odor característico), vitaminas, adenosina, e sais minerais. Pesquisadores descobriram que o alho aumenta a atividade das células exterminadoras naturais (natural killer), destruidoras das células cancerosas.
Também remonta à antiguidade, as propriedades medicinais do açúcar na cicatrização de feridas. Pesquisas recentes revelam seu grande poder na formação de tecido de epitelização nas infecções da pele dos animais.
Este carboidrato possui ação antibacteriana fenomenal e não foram demonstrados reações adversas e efeitos colaterais quando utilizados em animais diabéticos.
O açúcar cria um ambiente com baixo teor de umidade e conseqüente alta osmolaridade no tecido infectado, diminuindo a proliferação de microorganismos patogênicos, além de atrair para a ferida os macrófagos (células brancas), especializados na remoção de tecidos desvitalizados, presentes nos processos necrosantes. Este eficiente cicatrizante possui outra grande vantagem, como o alho, é acessível e barato. Os cremes e pomadas disponibilizados pela indústria farmacêutica são muito caros e alguns inacessíveis a maioria dos consumidores.
A propósito, a palavra açúcar vem do árabe “al zukkar” e tem sua origem primitiva no termo sânscrito “sharkara” que significa “areia grossa”.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
O cão do futuro
(Jornal Cachoeiras 17 07 2010)
Correntes, coleiras e enforcadores serão coisas do passado, assim como os claustrofóbicos canis e suas insalubridades. A carrocinha será substituída pelo “camburacão”, veículo adaptado a transportar para os centros de reabilitação - tipo as penitenciárias de hoje, só que mais humanos - os cães que cometerem crimes e delitos ao seu meio social. O cão do futuro continuará sendo o maior amigo do homem, lhe prestará utilidade e inteligência numa forma harmônica e desinteressada.
Esses animais são dotados de diversas aptidões. Como co-terapeutas são treinados para detectar tumores malignos, principalmente do aparelho urinário, quando sentem o odor de substancias exalado pela urina, e percebem uma crise hiperglicêmica em pacientes diabéticos; choramingando, latindo e tremendo.
O bem estar proporcionado pelo animal de estimação e a vantagem de tê-los presente participando da dinâmica familiar são imensuráveis; fazem companhia, minimizam o stress do cotidiano, geram segurança, dão afeto e acima de tudo, são fieis e amam incondicionalmente.
São muitos os relatos da sua importância no convívio com o homem; participando na reabilitação de doentes mentais, acompanhando o desenvolvimento infantil, no auxílio aos deficientes físicos, dividindo a vida com os solitários e com os que de alguma forma vêem nesses domesticados seres a essência divina.
Os médicos veterinários além das avançadas terapias e dos modernos meios diagnósticos utilizarão procedimentos etológicos e a psicologia animal em prol do bem estar do seu paciente.
Como nem tudo é paraíso, os cidadãos caninos do futuro serão também arrastados para os distúrbios e conflitos das famílias as quais pertencem, absorvendo os erros físicos e mentais do averno humano.
Correntes, coleiras e enforcadores serão coisas do passado, assim como os claustrofóbicos canis e suas insalubridades. A carrocinha será substituída pelo “camburacão”, veículo adaptado a transportar para os centros de reabilitação - tipo as penitenciárias de hoje, só que mais humanos - os cães que cometerem crimes e delitos ao seu meio social. O cão do futuro continuará sendo o maior amigo do homem, lhe prestará utilidade e inteligência numa forma harmônica e desinteressada.
Esses animais são dotados de diversas aptidões. Como co-terapeutas são treinados para detectar tumores malignos, principalmente do aparelho urinário, quando sentem o odor de substancias exalado pela urina, e percebem uma crise hiperglicêmica em pacientes diabéticos; choramingando, latindo e tremendo.
O bem estar proporcionado pelo animal de estimação e a vantagem de tê-los presente participando da dinâmica familiar são imensuráveis; fazem companhia, minimizam o stress do cotidiano, geram segurança, dão afeto e acima de tudo, são fieis e amam incondicionalmente.
São muitos os relatos da sua importância no convívio com o homem; participando na reabilitação de doentes mentais, acompanhando o desenvolvimento infantil, no auxílio aos deficientes físicos, dividindo a vida com os solitários e com os que de alguma forma vêem nesses domesticados seres a essência divina.
Os médicos veterinários além das avançadas terapias e dos modernos meios diagnósticos utilizarão procedimentos etológicos e a psicologia animal em prol do bem estar do seu paciente.
Como nem tudo é paraíso, os cidadãos caninos do futuro serão também arrastados para os distúrbios e conflitos das famílias as quais pertencem, absorvendo os erros físicos e mentais do averno humano.
sábado, 3 de julho de 2010
Totó canarinho
(Jornal Cachoeiras 03/07/2010)
Para ele a copa do mundo não está tão emocionante assim, também pudera ter que desfilar nos jogos da seleção com aquela cafona fantasia amarela rodeada de babados verdes, não há pitbul que resista; alguns tecidos utilizados na confecção desses adereços podem até provocar-lhe alergias cutâneas.
A pele dos cães é periodicamente coberta por uma fina camada natural de secreção que a protege de agentes externos naturais ou artificiais que ameacem a sua integridade. Grande parte dos distúrbios que afetam esses animais advém de asseio inadequado, uso de produtos com ph impróprio, alimentação alergênica ou excesso de banho que acaba removendo aquela fina capa de proteção vital para a saúde da sua pele.
Outro motivo pelo qual não gostam da copa é ter que ouvir estrondosos puns emanados dos imprudentes artifícios explosivos. O homem é capaz de perceber ondas sonoras na freqüência de 16 a 20 mil hertz, já os cães as percebem nos limites de 10 a 40 mil hertz, na verdade o que escutamos a 500 metros eles ouvem a dois quilômetros e por incrível que pareça localizam a origem do barulho em seis centésimos de segundo e ainda escutam os inaudíveis ultra-sons com ondas perto de 60 kHz.
O pavor que os cães sentem ante a explosão de trovoadas ou fogos de artifício é atávico, no fundo sabem há séculos que raios atmosféricos e tiros matam. Sua capacidade auditiva é bem maior do que a nossa, o estouro de uma bomba que somente nos incomoda é insuportável para a aguçada audição canina. Alguns animais desorientados pelo medo fogem pra rua podendo ser atropelados, ou caírem estatelados vítimas de um súbito ataque cardíaco.
Os animais não devem receber afagos durante essas crises fóbicas, esta atitude pode reforçar ainda mais o seu comportamento de medo. Os paliativos sedativos e tranqüilizantes só atenuam o problema; tem-se notado bons resultados com a utilização da “dessensibilização programada” principalmente quando aplicada durante a fase de socialização. No tratamento o animal é exposto a um crescente e paulatino ruído sonoro até o controle dessa síndrome de pânico.
Para ele a copa do mundo não está tão emocionante assim, também pudera ter que desfilar nos jogos da seleção com aquela cafona fantasia amarela rodeada de babados verdes, não há pitbul que resista; alguns tecidos utilizados na confecção desses adereços podem até provocar-lhe alergias cutâneas.
A pele dos cães é periodicamente coberta por uma fina camada natural de secreção que a protege de agentes externos naturais ou artificiais que ameacem a sua integridade. Grande parte dos distúrbios que afetam esses animais advém de asseio inadequado, uso de produtos com ph impróprio, alimentação alergênica ou excesso de banho que acaba removendo aquela fina capa de proteção vital para a saúde da sua pele.
Outro motivo pelo qual não gostam da copa é ter que ouvir estrondosos puns emanados dos imprudentes artifícios explosivos. O homem é capaz de perceber ondas sonoras na freqüência de 16 a 20 mil hertz, já os cães as percebem nos limites de 10 a 40 mil hertz, na verdade o que escutamos a 500 metros eles ouvem a dois quilômetros e por incrível que pareça localizam a origem do barulho em seis centésimos de segundo e ainda escutam os inaudíveis ultra-sons com ondas perto de 60 kHz.
O pavor que os cães sentem ante a explosão de trovoadas ou fogos de artifício é atávico, no fundo sabem há séculos que raios atmosféricos e tiros matam. Sua capacidade auditiva é bem maior do que a nossa, o estouro de uma bomba que somente nos incomoda é insuportável para a aguçada audição canina. Alguns animais desorientados pelo medo fogem pra rua podendo ser atropelados, ou caírem estatelados vítimas de um súbito ataque cardíaco.
Os animais não devem receber afagos durante essas crises fóbicas, esta atitude pode reforçar ainda mais o seu comportamento de medo. Os paliativos sedativos e tranqüilizantes só atenuam o problema; tem-se notado bons resultados com a utilização da “dessensibilização programada” principalmente quando aplicada durante a fase de socialização. No tratamento o animal é exposto a um crescente e paulatino ruído sonoro até o controle dessa síndrome de pânico.
sábado, 26 de junho de 2010
Cães no corredor da morte
(Jornal Cachoeiras 26/06/10)
Ignorada pelos famigerados laboratórios farmacêuticos por não ser uma doença que dá lucro, a negligenciada leishmaniose vem se expandindo e alcançando índices alarmantes em várias regiões do país e no mundo, onde quase dois milhões de novos casos são registrados a cada ano.
No Brasil, a urbanização da forma visceral da doença preocupa as autoridades sanitárias, antes quase restrita à região nordeste já é detectada em localidades nobres de algumas cidades da região sudeste do país.
Nas Américas, a enfermidade é transmitida tanto para o homem quanto para o cão pelo mosquito Lutzomyia, conhecido popularmente, dependendo da região do país, por cangalinha, asa dura, asa branca, tatuquira, birigui ou mosquito palha.
O cão é o principal reservatório da doença e o tratamento nesses animais é vedado, podendo ser caçado o registro profissional e o direito de clinicar do médico veterinário que desobedecer a Portaria Interministerial Nº 1.426 de 11 de julho de 2008, que proíbe o tratamento da leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano.
A verdade é que o Ministério da Saúde não libera para ser utilizado em cães o glucantine, a tóxica droga usada no Brasil desde 1940 para o tratamento da enfermidade em humanos.
Até agora, o sacrifício do animal positivo vem sendo a única solução já que o tratamento em cães não possui comprovação científica e não faz com que ele deixe de ser uma fonte de infecção e propagador desta grave enfermidade, mesmo depois de tratado.
No nordeste, a matança de cães é holocáustica e muitos, neste momento, se encontram no corredor da morte. Com a expansão da doença em nossa região, provavelmente acontecerá o mesmo por aqui, até que uma saída menos desumana seja encontrada.
Quando responsável pela Vigilância Sanitária em Aracajú nos anos 80 realizei uma coleta de amostras, junto à então SUCAM, em vinte por cento dos cães daquela Capital durante uma campanha anual de vacinação anti-rábica, e o índice de animais positivos foi assustador, na época o sacrifício animal já era preconizado.
A melhor solução, ao invés de holocaustear os cães portadores, seria eliminar o díptero vetor o que é praticamente impossível - é só comparar com o mosquito da dengue - ou imunizar os cães pagando até 250 reais pela dose da vacina recentemente idealizada por uma dessas multinacionais da doença.
Tem um pesquisador japonês bolando um mosquito geneticamente modificado que a cada picada ao invés de transmitir a doença reforçaria a defesa imunológica da pessoa, funcionando como uma vacina. Sei lá!
Ignorada pelos famigerados laboratórios farmacêuticos por não ser uma doença que dá lucro, a negligenciada leishmaniose vem se expandindo e alcançando índices alarmantes em várias regiões do país e no mundo, onde quase dois milhões de novos casos são registrados a cada ano.
No Brasil, a urbanização da forma visceral da doença preocupa as autoridades sanitárias, antes quase restrita à região nordeste já é detectada em localidades nobres de algumas cidades da região sudeste do país.
Nas Américas, a enfermidade é transmitida tanto para o homem quanto para o cão pelo mosquito Lutzomyia, conhecido popularmente, dependendo da região do país, por cangalinha, asa dura, asa branca, tatuquira, birigui ou mosquito palha.
O cão é o principal reservatório da doença e o tratamento nesses animais é vedado, podendo ser caçado o registro profissional e o direito de clinicar do médico veterinário que desobedecer a Portaria Interministerial Nº 1.426 de 11 de julho de 2008, que proíbe o tratamento da leishmaniose visceral canina com produtos de uso humano.
A verdade é que o Ministério da Saúde não libera para ser utilizado em cães o glucantine, a tóxica droga usada no Brasil desde 1940 para o tratamento da enfermidade em humanos.
Até agora, o sacrifício do animal positivo vem sendo a única solução já que o tratamento em cães não possui comprovação científica e não faz com que ele deixe de ser uma fonte de infecção e propagador desta grave enfermidade, mesmo depois de tratado.
No nordeste, a matança de cães é holocáustica e muitos, neste momento, se encontram no corredor da morte. Com a expansão da doença em nossa região, provavelmente acontecerá o mesmo por aqui, até que uma saída menos desumana seja encontrada.
Quando responsável pela Vigilância Sanitária em Aracajú nos anos 80 realizei uma coleta de amostras, junto à então SUCAM, em vinte por cento dos cães daquela Capital durante uma campanha anual de vacinação anti-rábica, e o índice de animais positivos foi assustador, na época o sacrifício animal já era preconizado.
A melhor solução, ao invés de holocaustear os cães portadores, seria eliminar o díptero vetor o que é praticamente impossível - é só comparar com o mosquito da dengue - ou imunizar os cães pagando até 250 reais pela dose da vacina recentemente idealizada por uma dessas multinacionais da doença.
Tem um pesquisador japonês bolando um mosquito geneticamente modificado que a cada picada ao invés de transmitir a doença reforçaria a defesa imunológica da pessoa, funcionando como uma vacina. Sei lá!
sábado, 19 de junho de 2010
De veterinário e louco ...
(Jornal Cachoeiras 19/06/2010)
... todo dono de animal tem um pouco. Muitos tiram uma casquinha quando o assunto é um pobre animal doente. O infeliz palpite vai desde, lubrificar o animal com aquele nigérrimo óleo queimado que dizem resolver qualquer problema de pele, até a aplicação do ivomec, aquele amigo dos balconistas das casas de ração, que debela até câncer incurável.
Ouvi a história de um cão soteropolitano, com suspeita de cinomose, que foi vítima de um desses “vizinhos metidos a saber de tudo” e sua infeliz idéia. Pra espanto de todos, o sabichão meteu azeite de dendê aquecido no pobre vira-lata, pior é que após algumas colheradas por via oral aplicou metade do que restou na veia e a outra no músculo. Coitado do cãozinho não conseguiu ser socorrido a tempo, morreu na metade do caminho parecendo um acarajé inchado.
Até sua formatura o médico veterinário passa por longos cinco anos de estudos numa faculdade, cursando anatomia, fisiologia, propedêutica, microbiologia, farmacologia, terapêutica, patologia clínica e outras dezenas de matérias da sua grade. Tudo isso para atender de forma eficiente e segura o seu animalzinho de estimação.
A verdade é que “automedicar” cães é muito perigoso e quando a vítima é um gato pior ainda, alguns medicamentos são extremamente perigosos para esses bichanos. Devemos estar atentos aos antiinflamatórios à base de diclofenato como Cataflan e Voltarem. Um único comprimido de Tylenol (paracetamol) pode matar em poucas horas um gato adulto.
Eles não conseguem biotransformar algumas drogas ocorrendo sobrecarga hepática e renal. O ácido acetilsalicílico (AAS) leva quatro horas para ser eliminado do organismo humano e 72 horas no gato sendo fácil uma overdose por esta substância nessa espécie animal.
Outra forma atual de automedicação é a utilização das milagrosas receitas do Dr. Google. Em se tratando de saúde não se deve usar a internet ou outros meios de informação como receita, a menos que se tenha um vasto embasamento científico para filtrar o que é disponibilizado no mundo virtual.
Nunca medique seu animal sem orientação veterinária. As conseqüências podem ser trágicas.
... todo dono de animal tem um pouco. Muitos tiram uma casquinha quando o assunto é um pobre animal doente. O infeliz palpite vai desde, lubrificar o animal com aquele nigérrimo óleo queimado que dizem resolver qualquer problema de pele, até a aplicação do ivomec, aquele amigo dos balconistas das casas de ração, que debela até câncer incurável.
Ouvi a história de um cão soteropolitano, com suspeita de cinomose, que foi vítima de um desses “vizinhos metidos a saber de tudo” e sua infeliz idéia. Pra espanto de todos, o sabichão meteu azeite de dendê aquecido no pobre vira-lata, pior é que após algumas colheradas por via oral aplicou metade do que restou na veia e a outra no músculo. Coitado do cãozinho não conseguiu ser socorrido a tempo, morreu na metade do caminho parecendo um acarajé inchado.
Até sua formatura o médico veterinário passa por longos cinco anos de estudos numa faculdade, cursando anatomia, fisiologia, propedêutica, microbiologia, farmacologia, terapêutica, patologia clínica e outras dezenas de matérias da sua grade. Tudo isso para atender de forma eficiente e segura o seu animalzinho de estimação.
A verdade é que “automedicar” cães é muito perigoso e quando a vítima é um gato pior ainda, alguns medicamentos são extremamente perigosos para esses bichanos. Devemos estar atentos aos antiinflamatórios à base de diclofenato como Cataflan e Voltarem. Um único comprimido de Tylenol (paracetamol) pode matar em poucas horas um gato adulto.
Eles não conseguem biotransformar algumas drogas ocorrendo sobrecarga hepática e renal. O ácido acetilsalicílico (AAS) leva quatro horas para ser eliminado do organismo humano e 72 horas no gato sendo fácil uma overdose por esta substância nessa espécie animal.
Outra forma atual de automedicação é a utilização das milagrosas receitas do Dr. Google. Em se tratando de saúde não se deve usar a internet ou outros meios de informação como receita, a menos que se tenha um vasto embasamento científico para filtrar o que é disponibilizado no mundo virtual.
Nunca medique seu animal sem orientação veterinária. As conseqüências podem ser trágicas.
sábado, 12 de junho de 2010
Veneno de cobra
(Jornal Cachoeiras 12/06/2010)
Comuns em cães e raros em gatos os acidentes envolvendo cobras venenosas requer atendimento de emergência face a gravidade provocada pela peçonha no organismo animal.
Geralmente os animais são picados na região da face e pescoço, partes do corpo que primeiro de aproximam da cobra. A severidade do envenenamento depende da quantidade de peçonha inoculada.
Acidentes com jararacas, comuns em nossa região, são bastante doloridos. Provocam edema (inchado), sangramento e marcas arroxeadas no local. Nos casos de maior gravidade aparece sangue na urina, necrose tecidual, insuficiência renal, gangrena e choque podendo levar a morte. Com a surucucu ocorre significativo edema local, sangramentos, vômitos e diarréia. As corais verdadeiras são responsáveis por menos de 0,5 % dos acidentes, tendo pouca importância médica; seu veneno provoca sintomas neurológicos e insuficiência respiratória aguda com dificuldades de respirar, abrir os olhos e engolir.
Se um animal for atacado por uma serpente, medidas preliminares devem ser adotadas com o objetivo de evitar o agravamento do quadro clínico. Mantenha–o calmo, imóvel, quando possível utilize compressa gelada no local para minimizar o edema e procure o médico veterinário o mais breve possível para a administração do antiveneno.
Não improvise torniquete porque a toxina retida e concentrada provoca necrose e gangrena e não corte ou dilacere o local, para não acentuar o sangramento. A utilização de querosene, pó de café, terra e outras substâncias são contra indicada, pois, além de irritar, infecciona o local da picada.
Estes répteis têm grande importância no equilíbrio vital do meio ambiente, seu extermínio propicia a proliferação de roedores e instabilidade na comunidade biológica do ecossistema.
Não matar os gaviões, corujas e muçuranas, seus predadores naturais; não desmatar; evitar queimadas; manter os quintais limpos e não acumular madeiras, tijolos, telhas e pedras nas cercanias das residências diminuem os acidentes com ofídios.
Comuns em cães e raros em gatos os acidentes envolvendo cobras venenosas requer atendimento de emergência face a gravidade provocada pela peçonha no organismo animal.
Geralmente os animais são picados na região da face e pescoço, partes do corpo que primeiro de aproximam da cobra. A severidade do envenenamento depende da quantidade de peçonha inoculada.
Acidentes com jararacas, comuns em nossa região, são bastante doloridos. Provocam edema (inchado), sangramento e marcas arroxeadas no local. Nos casos de maior gravidade aparece sangue na urina, necrose tecidual, insuficiência renal, gangrena e choque podendo levar a morte. Com a surucucu ocorre significativo edema local, sangramentos, vômitos e diarréia. As corais verdadeiras são responsáveis por menos de 0,5 % dos acidentes, tendo pouca importância médica; seu veneno provoca sintomas neurológicos e insuficiência respiratória aguda com dificuldades de respirar, abrir os olhos e engolir.
Se um animal for atacado por uma serpente, medidas preliminares devem ser adotadas com o objetivo de evitar o agravamento do quadro clínico. Mantenha–o calmo, imóvel, quando possível utilize compressa gelada no local para minimizar o edema e procure o médico veterinário o mais breve possível para a administração do antiveneno.
Não improvise torniquete porque a toxina retida e concentrada provoca necrose e gangrena e não corte ou dilacere o local, para não acentuar o sangramento. A utilização de querosene, pó de café, terra e outras substâncias são contra indicada, pois, além de irritar, infecciona o local da picada.
Estes répteis têm grande importância no equilíbrio vital do meio ambiente, seu extermínio propicia a proliferação de roedores e instabilidade na comunidade biológica do ecossistema.
Não matar os gaviões, corujas e muçuranas, seus predadores naturais; não desmatar; evitar queimadas; manter os quintais limpos e não acumular madeiras, tijolos, telhas e pedras nas cercanias das residências diminuem os acidentes com ofídios.
sábado, 5 de junho de 2010
Remédios!
(Jornal Cachoeiras 05/06/2010)
Muito perigosos, ainda são bastante utilizados no combate às pragas da lavoura, geralmente sem as orientações e os cuidados que sua aplicação requer.
É sabido que menos de um terço dos produtores rurais calculam, através das complicadas bulas, a quantidade do veneno a ser jogada na plantação, e não chegam a 20 % os que se utilizam de cálculos agronômicos.
A intenção de lucro se sobrepõe aos impactos provocados à saúde humana e ambiental. Se gasta bem menos aplicando venenosos herbicidas do que contratando mão-de-obra para capina.
Estima-se que a cada ano mais de 3 milhões de intoxicações agudas ocorram no mundo, devido à exposição ocupacional a estes defensivos e centenas de mortes aconteçam, principalmente nos pobres países do mundo excluído.
Não sendo naturais, esses produtos sofrem lenta degradação, afetando os ecossistemas terrestres e aquáticos gerando um exército de pragas resistentes, que demandam o emprego de formulações cada vez mais veneníferas e impactantes. Ironicamente, os pesticidas e herbicidas são chamados pelos lavradores de “remédios”.
Estaremos ingerindo em doses homeopáticas, continuamente, por anos a fio esses agressores ocultos até que os inevitáveis danos em nosso organismo apareçam.
O ideal é consumir os saudáveis “alimentos orgânicos”, pena que sua aquisição ainda é inacessível a grande maioria da população.
Muito perigosos, ainda são bastante utilizados no combate às pragas da lavoura, geralmente sem as orientações e os cuidados que sua aplicação requer.
É sabido que menos de um terço dos produtores rurais calculam, através das complicadas bulas, a quantidade do veneno a ser jogada na plantação, e não chegam a 20 % os que se utilizam de cálculos agronômicos.
A intenção de lucro se sobrepõe aos impactos provocados à saúde humana e ambiental. Se gasta bem menos aplicando venenosos herbicidas do que contratando mão-de-obra para capina.
Estima-se que a cada ano mais de 3 milhões de intoxicações agudas ocorram no mundo, devido à exposição ocupacional a estes defensivos e centenas de mortes aconteçam, principalmente nos pobres países do mundo excluído.
Não sendo naturais, esses produtos sofrem lenta degradação, afetando os ecossistemas terrestres e aquáticos gerando um exército de pragas resistentes, que demandam o emprego de formulações cada vez mais veneníferas e impactantes. Ironicamente, os pesticidas e herbicidas são chamados pelos lavradores de “remédios”.
Estaremos ingerindo em doses homeopáticas, continuamente, por anos a fio esses agressores ocultos até que os inevitáveis danos em nosso organismo apareçam.
O ideal é consumir os saudáveis “alimentos orgânicos”, pena que sua aquisição ainda é inacessível a grande maioria da população.
sábado, 29 de maio de 2010
Animais totêmicos
(Jornal Cachoeiras em 29/05/2010)
Existem duas classes de seres animados, o animal com as mais variadas espécies e a humana da qual apenas uma espécie sobreviveu.
Os antigos filósofos gregos notaram nos animais reações psíquicas parecidas com as do ser humano. Por causa dessas “heresias” muitos desses pensadores da época foram apedrejados e assados na fogueira inquisitória, como profanadores e deturpadores da concepção divina.
Os animais tem um papel tão importante na coletividade humana que nossa existência sem eles seria inumana. Até mesmo nas crenças e religiões contemporâneas o animal é parte intrínseca.
Algumas mensagens espirituais são simbolizadas no Cristianismo através das pombas, carneiros e peixes. Os próprios demônios bíblicos têm patas, chifres e caudas e os Anjos celestes também não deixam de possuir uma característica animal, as poderosas asas que lhes permitem volitar como os pássaros.
Anjos e demônios encerram uma coisa em comum, como os animais não precisam de vestidura, com exceção dos Querubins e Serafins que pela proximidade com os humanos usam túnicas para se cobrir.
Gatos, serpentes e pássaros eram deusificados no antigo Egito. Em vários países da Ásia e África nos deparamos com o totemismo - expressão mística da origem e do fim do homem no corpo animal - e os Hindus reverenciam a vaca que comemos enchurrascada como responsável pela vida humana na Terra.
Só recentemente os mantos que cobrem as filosofias pré-cristãs estão sendo retirados e a preocupação dos antigos hereges e profanadores se fazem novamente presentes.
Como disse Lactâncio: “o homem somente difere dos animais porque é o único que possui uma religião”. Essa oportuna afirmação relacionada às duas classes de seres animados não pode ser ignorada.
Existem duas classes de seres animados, o animal com as mais variadas espécies e a humana da qual apenas uma espécie sobreviveu.
Os antigos filósofos gregos notaram nos animais reações psíquicas parecidas com as do ser humano. Por causa dessas “heresias” muitos desses pensadores da época foram apedrejados e assados na fogueira inquisitória, como profanadores e deturpadores da concepção divina.
Os animais tem um papel tão importante na coletividade humana que nossa existência sem eles seria inumana. Até mesmo nas crenças e religiões contemporâneas o animal é parte intrínseca.
Algumas mensagens espirituais são simbolizadas no Cristianismo através das pombas, carneiros e peixes. Os próprios demônios bíblicos têm patas, chifres e caudas e os Anjos celestes também não deixam de possuir uma característica animal, as poderosas asas que lhes permitem volitar como os pássaros.
Anjos e demônios encerram uma coisa em comum, como os animais não precisam de vestidura, com exceção dos Querubins e Serafins que pela proximidade com os humanos usam túnicas para se cobrir.
Gatos, serpentes e pássaros eram deusificados no antigo Egito. Em vários países da Ásia e África nos deparamos com o totemismo - expressão mística da origem e do fim do homem no corpo animal - e os Hindus reverenciam a vaca que comemos enchurrascada como responsável pela vida humana na Terra.
Só recentemente os mantos que cobrem as filosofias pré-cristãs estão sendo retirados e a preocupação dos antigos hereges e profanadores se fazem novamente presentes.
Como disse Lactâncio: “o homem somente difere dos animais porque é o único que possui uma religião”. Essa oportuna afirmação relacionada às duas classes de seres animados não pode ser ignorada.
sábado, 22 de maio de 2010
Atrasos da modernidade
(Jornal Cachoeiras em 22/05/2010)
Até bem pouco tempo não se cogitava dispor da versatilidade e rapidez do correio eletrônico.
A comunicação se dava através de perfumadas cartas escritas à mão. Daquele “tempo postal” só restou a saudade e a nostalgia das cartinhas que exalavam uma fragrância qualquer comprada na Rua da Alfândega.
Mesmo com toda evolução tecnológica os serviços postais estagnaram e a demora no atendimento tornou-se um letargo. Essa do Correio ser Banco é meio confuso. Banco é banco, correio é correio, assim como padaria é pra vender pão e farmácia medicamentos.
Se os bancos dão a mínima para seus clientes, porque devo encarar uma fila bancária para enviar uma simples carta? Nada contra o compartilhamento de recursos, mas que haja respeito ao usuário, no caso dos Correios, prioridade de atendimento para os clientes dos Correios.
Para endereçar uma correspondência, constantemente ficamos horas numa exígua sala de espera, remoendo por dentro o tempo ocioso ou compartilhando nosso descontentamento com os já combalidos clientes bancários.
Quisera o problema dos Correios fosse somente este, a entrega domiciliar de correspondência também deixa a desejar. Em muitos lugares estes serviços não existem - inclusive em bairros com ruas pavimentadas e domicílios identificados - e novamente seus moradores têm de enfrentar uma cansativa espera na agência da empresa para, agora, receber uma cartinha.
Pena que um serviço tão cogente tenha ficado à margem da dinâmica evolucionaria do mundo globalizado. São os atrasos da modernidade.
Até bem pouco tempo não se cogitava dispor da versatilidade e rapidez do correio eletrônico.
A comunicação se dava através de perfumadas cartas escritas à mão. Daquele “tempo postal” só restou a saudade e a nostalgia das cartinhas que exalavam uma fragrância qualquer comprada na Rua da Alfândega.
Mesmo com toda evolução tecnológica os serviços postais estagnaram e a demora no atendimento tornou-se um letargo. Essa do Correio ser Banco é meio confuso. Banco é banco, correio é correio, assim como padaria é pra vender pão e farmácia medicamentos.
Se os bancos dão a mínima para seus clientes, porque devo encarar uma fila bancária para enviar uma simples carta? Nada contra o compartilhamento de recursos, mas que haja respeito ao usuário, no caso dos Correios, prioridade de atendimento para os clientes dos Correios.
Para endereçar uma correspondência, constantemente ficamos horas numa exígua sala de espera, remoendo por dentro o tempo ocioso ou compartilhando nosso descontentamento com os já combalidos clientes bancários.
Quisera o problema dos Correios fosse somente este, a entrega domiciliar de correspondência também deixa a desejar. Em muitos lugares estes serviços não existem - inclusive em bairros com ruas pavimentadas e domicílios identificados - e novamente seus moradores têm de enfrentar uma cansativa espera na agência da empresa para, agora, receber uma cartinha.
Pena que um serviço tão cogente tenha ficado à margem da dinâmica evolucionaria do mundo globalizado. São os atrasos da modernidade.
domingo, 16 de maio de 2010
Cruel atrocidade
(Jornal Cachoeiras em 15/05/2010)
Idosos são deixados para fenecer sozinhos em asilos e crianças são abandonadas em beiras de estradas, jogadas nas margens de córregos ou descartadas em lixeiras quase todos os dias, é só ler os noticiários e assistir os telejornais.
Se o religioso animal racional, tido como imagem e semelhança do Criador, é capaz de atentar contra a própria espécie, matando seus genitores e descendentes, o que dizer com relação aos cães, gatos e cavalos que impiedosamente são abandonados à própria sorte, quando não são friamente executados. Geralmente porque ficou velho demais, deixou de ser aquele filhotinho gracioso, come muito, ficou doente, perdeu a utilidade ou simplesmente não era aquele animalzinho que todos esperavam.
Quem possui um animal doméstico tem de estar consciente que como nós, eles sentem fome, tristeza, frio e dor. É muito triste ver um cãozinho amarrado num poste com os olhos cheios de lágrimas e latindo baixinho, esperando que uma alma piedosa passante não o ignore
Abandonar, não alimentar, espancar, envenenar, manter acorrentado, mutilar e ferir os animais é considerado maus tratos e ficam os autores sujeitos a 3 meses a um ano de detenção, aumentada de um sexto a um terço caso o animal venha a morrer, conforme o artigo 32 da Lei Federal 95.605/98.
Todo animal tem direito à vida conforme a sua longevidade natural, abandoná-lo além de cruel atrocidade é um ato desumano e um atentado contra a natureza.
Idosos são deixados para fenecer sozinhos em asilos e crianças são abandonadas em beiras de estradas, jogadas nas margens de córregos ou descartadas em lixeiras quase todos os dias, é só ler os noticiários e assistir os telejornais.
Se o religioso animal racional, tido como imagem e semelhança do Criador, é capaz de atentar contra a própria espécie, matando seus genitores e descendentes, o que dizer com relação aos cães, gatos e cavalos que impiedosamente são abandonados à própria sorte, quando não são friamente executados. Geralmente porque ficou velho demais, deixou de ser aquele filhotinho gracioso, come muito, ficou doente, perdeu a utilidade ou simplesmente não era aquele animalzinho que todos esperavam.
Quem possui um animal doméstico tem de estar consciente que como nós, eles sentem fome, tristeza, frio e dor. É muito triste ver um cãozinho amarrado num poste com os olhos cheios de lágrimas e latindo baixinho, esperando que uma alma piedosa passante não o ignore
Abandonar, não alimentar, espancar, envenenar, manter acorrentado, mutilar e ferir os animais é considerado maus tratos e ficam os autores sujeitos a 3 meses a um ano de detenção, aumentada de um sexto a um terço caso o animal venha a morrer, conforme o artigo 32 da Lei Federal 95.605/98.
Todo animal tem direito à vida conforme a sua longevidade natural, abandoná-lo além de cruel atrocidade é um ato desumano e um atentado contra a natureza.
domingo, 9 de maio de 2010
Agressividade normal e doentia
(Jornal Cachoeiras em 08/05/2010)
Herdado dos lobos os cães possuem uma hierarquia baseada na dominância que normalmente é exercida por um casal, o macho e a fêmea alfa.
Eles têm prioridade na alimentação, acasalamento, no sono e outras regalias; essa condição é mantida até que sua posição hierárquica seja ameaçada por outro membro da matilha, onde a agressividade é a arma freqüentemente utilizada.
Na ótica canina, nós humanos somos parte de seu grupo e conseqüentemente tidos como concorrentes nessa disputa por posição. Já presenciei situações em que o cão é o “alfa” na família, não se submetendo aos outros indivíduos homens ou animais, é aquele cão que dorme na cama do dono, assume a sua posição no sofá pra ver TV, quando a porta do carro se abre é o primeiro a entrar, e aí por diante. Não é incomum encontrarmos animais subordinados unicamente a um membro da família sendo intransigentes e até agressivos com os demais. Essa “agressividade natural” só é observada quando sua posição ou território são ameaçados.
Os cães absorvem neuroses humanas, que muitas das vezes leva-os a depressão, insegurança, tristeza, fobias e agressividade mórbida na esfera psíquica e doenças de pele, automutilações, anorexia e outras patologias no campo físico. Muitos animais conseguem entender o que falamos, ou melhor, sentem a emoção originária dos nossos pensamentos, seja de raiva, medo, alegria, afeto, ódio e nunca julgam erradamente o caráter de alguém.
A “agressividade patológica”, originária de distúrbios na relação com os humanos, além de incomoda é perigosa; muitas pessoas principalmente crianças, são vítimas de animais com distúrbios comportamentais adquiridos na família a qual pertencem, esses animais geralmente sofrem agressões físicas e psíquicas, como falta de amor, fome, desrespeito, espancamento, clausura em canis ou confinamento em correntes.
A relação com os animais não deve ser possessiva e nem neurótica e sim fundamentada na sensibilidade, no respeito, na racionalidade e no amor. Amem e os respeitem e eles serão indivíduos tranqüilos, seguros, confiáveis e sem neuroses.
Herdado dos lobos os cães possuem uma hierarquia baseada na dominância que normalmente é exercida por um casal, o macho e a fêmea alfa.
Eles têm prioridade na alimentação, acasalamento, no sono e outras regalias; essa condição é mantida até que sua posição hierárquica seja ameaçada por outro membro da matilha, onde a agressividade é a arma freqüentemente utilizada.
Na ótica canina, nós humanos somos parte de seu grupo e conseqüentemente tidos como concorrentes nessa disputa por posição. Já presenciei situações em que o cão é o “alfa” na família, não se submetendo aos outros indivíduos homens ou animais, é aquele cão que dorme na cama do dono, assume a sua posição no sofá pra ver TV, quando a porta do carro se abre é o primeiro a entrar, e aí por diante. Não é incomum encontrarmos animais subordinados unicamente a um membro da família sendo intransigentes e até agressivos com os demais. Essa “agressividade natural” só é observada quando sua posição ou território são ameaçados.
Os cães absorvem neuroses humanas, que muitas das vezes leva-os a depressão, insegurança, tristeza, fobias e agressividade mórbida na esfera psíquica e doenças de pele, automutilações, anorexia e outras patologias no campo físico. Muitos animais conseguem entender o que falamos, ou melhor, sentem a emoção originária dos nossos pensamentos, seja de raiva, medo, alegria, afeto, ódio e nunca julgam erradamente o caráter de alguém.
A “agressividade patológica”, originária de distúrbios na relação com os humanos, além de incomoda é perigosa; muitas pessoas principalmente crianças, são vítimas de animais com distúrbios comportamentais adquiridos na família a qual pertencem, esses animais geralmente sofrem agressões físicas e psíquicas, como falta de amor, fome, desrespeito, espancamento, clausura em canis ou confinamento em correntes.
A relação com os animais não deve ser possessiva e nem neurótica e sim fundamentada na sensibilidade, no respeito, na racionalidade e no amor. Amem e os respeitem e eles serão indivíduos tranqüilos, seguros, confiáveis e sem neuroses.
domingo, 2 de maio de 2010
Máquina de matar
(Jornal Cachoeiras em 01/05/2010)
Bastante resistentes a enfermidades e possuidores de um fenótipo privilegiado, geralmente não necessitam de anabolizantes para aumento de peso, basta uma alimentação racional de boa qualidade e exercícios moderados, sendo o excesso também prejudicial, pois expõe perigosamente suas articulações e musculaturas.
Os cruzamentos feitos nos EUA originaram uma diversidade fenotípica que tornou difícil afirmar um padrão único para a raça, o que não acontece com seu parente próximo Starffordshire terrier, porém algumas características devem ser observadas: as orelhas podem ou não ser amputadas, sendo tal prática atualmente proibida por lei; a trufa (nariz) pode ser marrom, vermelha ou preta e o stop bem pronunciado; é permitida qualquer cor de pelagem. Possuem ainda a cabeça retangular, cujo crânio é achatado e mais largo na inserção das orelhas; a cauda é curta, se comparada ao corpo, fugindo ao padrão quando mantida sobre o dorso ou curvada e, olhos claros ou escuros, desde que arredondados.
Ocorre uma grande variação de temperamento dependendo do genótipo; desde animais extremamente agressivos, até verdadeiros cavalheiros seguros e controláveis.
Tanto o Pit Bull como o Starffordshire possuem forte inclinação para o ataque, não é incomum brigas entre mãe e filho e entre irmãos, mesmo de sexos diferentes.
É fundamental, ao escolher um filhote, ter conhecimento do temperamento da sua ascendência e atenção redobrada na importantíssima fase de socialização. O controle da agressividade é diretamente proporcional ao desenvolvimento psíquico nesta fase. Cães que recebem uma socialização inadequada terão considerável tendência a agressividade mórbida e ao descontrole emocional.
Os animais que são utilizados em rinhas ou com objetivos nada humanos passam por um cruel ritual desde filhotes, tornando-se verdadeiras máquinas de matar. Ficam presos em cavernas escuras por longos períodos, são humilhados e incentivados ao descontrole. Gatos, coelhos e aves vivas são usados nesse insano treinamento e os filhotes são estimulados a destroçar os pobres vira-latas.
Quem escolhe um Pit Bull deve ter consciência que tem sob sua responsabilidade um animal que se bem conduzido será um excelente guarda e um fiel companheiro porém, se negligenciado, invariavelmente se tornará numa arma letal com impacto mandibular de quase 1 tonelada de força. Realmente é uma arma bastante pesada.
Bastante resistentes a enfermidades e possuidores de um fenótipo privilegiado, geralmente não necessitam de anabolizantes para aumento de peso, basta uma alimentação racional de boa qualidade e exercícios moderados, sendo o excesso também prejudicial, pois expõe perigosamente suas articulações e musculaturas.
Os cruzamentos feitos nos EUA originaram uma diversidade fenotípica que tornou difícil afirmar um padrão único para a raça, o que não acontece com seu parente próximo Starffordshire terrier, porém algumas características devem ser observadas: as orelhas podem ou não ser amputadas, sendo tal prática atualmente proibida por lei; a trufa (nariz) pode ser marrom, vermelha ou preta e o stop bem pronunciado; é permitida qualquer cor de pelagem. Possuem ainda a cabeça retangular, cujo crânio é achatado e mais largo na inserção das orelhas; a cauda é curta, se comparada ao corpo, fugindo ao padrão quando mantida sobre o dorso ou curvada e, olhos claros ou escuros, desde que arredondados.
Ocorre uma grande variação de temperamento dependendo do genótipo; desde animais extremamente agressivos, até verdadeiros cavalheiros seguros e controláveis.
Tanto o Pit Bull como o Starffordshire possuem forte inclinação para o ataque, não é incomum brigas entre mãe e filho e entre irmãos, mesmo de sexos diferentes.
É fundamental, ao escolher um filhote, ter conhecimento do temperamento da sua ascendência e atenção redobrada na importantíssima fase de socialização. O controle da agressividade é diretamente proporcional ao desenvolvimento psíquico nesta fase. Cães que recebem uma socialização inadequada terão considerável tendência a agressividade mórbida e ao descontrole emocional.
Os animais que são utilizados em rinhas ou com objetivos nada humanos passam por um cruel ritual desde filhotes, tornando-se verdadeiras máquinas de matar. Ficam presos em cavernas escuras por longos períodos, são humilhados e incentivados ao descontrole. Gatos, coelhos e aves vivas são usados nesse insano treinamento e os filhotes são estimulados a destroçar os pobres vira-latas.
Quem escolhe um Pit Bull deve ter consciência que tem sob sua responsabilidade um animal que se bem conduzido será um excelente guarda e um fiel companheiro porém, se negligenciado, invariavelmente se tornará numa arma letal com impacto mandibular de quase 1 tonelada de força. Realmente é uma arma bastante pesada.
sábado, 10 de abril de 2010
Dengue, a guerra perdida
(Cachoeiras Jornal - 10/04/2010)
O Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue no meio urbano, chegou a ser erradicado do país nos anos 50, mas retornou na década de 80 através do território de Roraima. De lá pra cá tomou conta do Brasil, de norte a sul e de leste a oeste.
Adoecem a cada ano aproximadamente 80 milhões de pessoas em todo mundo pela sua picada. Em 2007 ocorreu uma grande epidemia no país com mais de 550.000 casos, dos quais 250 morreram com manifestações hemorrágicas.
Na atual conjuntura, a erradicação do Aedes é quase impossível, só restando o domínio de sua densidade para que o vírus DEN não se propague nas populações.
A utilização por si só de venenos larvicidas e adulticidas, além de ruinosa ao meio ambiente, tem se mostrado ineficaz, sem contar com o aparecimento de gerações de adultos e larvas resistentes.
Nosso geoclima tropical propicia a proliferação em curto espaço de tempo desse inseto, soma-se a este evento a pouca informação, a deseducação coletiva e a tênue interação do poder público com a população. Sem essa imprescindível relação nas ações de combate, a guerra estará sempre perdida.
Esse díptero possui armas poderosas: coloca mais de 300 descendentes a cada postura; pode voar a mais de mil metros do seu local de ovoposição; se multiplica com grande facilidade em qualquer depósito natural ou artificial que acumule água; deposita seus ovos na parede dos recipientes onde permanecem dessecados e viáveis por até um ano mesmo sem água, e encontram em cada habitação humana, potenciais criadouros para a sua perpetuação.
Ele é capaz de detectar o calor dos mamíferos de sangue quente e perceber o dióxido de carbono e o acido lático que exalamos na respiração a uma distância de quase 40 metros, vindo em nossa direção. No suor liberamos substâncias que também o atrai – pessoas que transpiram muito são mais vulneráveis à sua investida.
Existem estudos voltados ao desenvolvimento de métodos de monitoramento do mosquito através de armadilhas, uso de produtos atraentes, emprego de computadores portáteis e mapas geo-referenciados além da utilização de substâncias de controle alternativo como sal, água sanitária e borra de café.
Desestabilizar os focos e criadouros do vetor da dengue e febre amarela é tarefa de cada um, intransferível.
O Aedes aegypti, mosquito responsável pela transmissão da dengue no meio urbano, chegou a ser erradicado do país nos anos 50, mas retornou na década de 80 através do território de Roraima. De lá pra cá tomou conta do Brasil, de norte a sul e de leste a oeste.
Adoecem a cada ano aproximadamente 80 milhões de pessoas em todo mundo pela sua picada. Em 2007 ocorreu uma grande epidemia no país com mais de 550.000 casos, dos quais 250 morreram com manifestações hemorrágicas.
Na atual conjuntura, a erradicação do Aedes é quase impossível, só restando o domínio de sua densidade para que o vírus DEN não se propague nas populações.
A utilização por si só de venenos larvicidas e adulticidas, além de ruinosa ao meio ambiente, tem se mostrado ineficaz, sem contar com o aparecimento de gerações de adultos e larvas resistentes.
Nosso geoclima tropical propicia a proliferação em curto espaço de tempo desse inseto, soma-se a este evento a pouca informação, a deseducação coletiva e a tênue interação do poder público com a população. Sem essa imprescindível relação nas ações de combate, a guerra estará sempre perdida.
Esse díptero possui armas poderosas: coloca mais de 300 descendentes a cada postura; pode voar a mais de mil metros do seu local de ovoposição; se multiplica com grande facilidade em qualquer depósito natural ou artificial que acumule água; deposita seus ovos na parede dos recipientes onde permanecem dessecados e viáveis por até um ano mesmo sem água, e encontram em cada habitação humana, potenciais criadouros para a sua perpetuação.
Ele é capaz de detectar o calor dos mamíferos de sangue quente e perceber o dióxido de carbono e o acido lático que exalamos na respiração a uma distância de quase 40 metros, vindo em nossa direção. No suor liberamos substâncias que também o atrai – pessoas que transpiram muito são mais vulneráveis à sua investida.
Existem estudos voltados ao desenvolvimento de métodos de monitoramento do mosquito através de armadilhas, uso de produtos atraentes, emprego de computadores portáteis e mapas geo-referenciados além da utilização de substâncias de controle alternativo como sal, água sanitária e borra de café.
Desestabilizar os focos e criadouros do vetor da dengue e febre amarela é tarefa de cada um, intransferível.
sexta-feira, 19 de março de 2010
A crônica do jacaré
(Jornal Cachoeiras em 20/03/2010)
Paralisado no acostamento da Niterói - Friburgo nas imediações da Castália por problemas de locomoção, foi visto agonizando o sofrido “jacaré”. Vomitando óleo queimado, parecia padecer de alguma outra patologia de maior gravidade.
Certo dia, extremamente exausto e com sérios distúrbios mecânicos em sua traseira esquerda, rumou para a aprazível Boca do Mato, só não conseguiu chegar no ponto final porque entalou de lado na cancela “daquela” praça de pedágio. Só lhe restou uma humilhante marcha ré de volta à garagem, e aos seus ilustres passageiros prosseguirem na viação canela, até porque naquele horário, por volta das sete e meia da noite, as “lagartixas” já estavam dormindo.
Esses aligátores já passaram da terceira idade, suas artroses férricas e engrenagens enferrujadas impedem-lhes de cumprir, e com razão, seu horário de trabalho, deixando a pé e na mão os que deles dependem.
Há quem sinta falta da saudosa “perua”, que foi a antecessora do “jacaré”; há os que torcem pela substituição imediata dos atuais espécimes, por outros mais novos, seguros, e cumpridores de seus horários; e outros mais cruéis, acham que o melhor para os crocodilianos é um merecido descanso na “cidade dos pneus juntos”, isto é, num tranqüilo e enferrujado ferro velho.
É preocupante imaginar o velho “Jaca” desgovernado despencando sem breque por entre as curvas da zona sul do Paraíso das Águas Cristalinas.
Cada vez mais intenso é o tráfego de veículos pesados no seu itinerário, pondo em risco a sua integridade e as vidas humanas que dele depende.
Paralisado no acostamento da Niterói - Friburgo nas imediações da Castália por problemas de locomoção, foi visto agonizando o sofrido “jacaré”. Vomitando óleo queimado, parecia padecer de alguma outra patologia de maior gravidade.
Certo dia, extremamente exausto e com sérios distúrbios mecânicos em sua traseira esquerda, rumou para a aprazível Boca do Mato, só não conseguiu chegar no ponto final porque entalou de lado na cancela “daquela” praça de pedágio. Só lhe restou uma humilhante marcha ré de volta à garagem, e aos seus ilustres passageiros prosseguirem na viação canela, até porque naquele horário, por volta das sete e meia da noite, as “lagartixas” já estavam dormindo.
Esses aligátores já passaram da terceira idade, suas artroses férricas e engrenagens enferrujadas impedem-lhes de cumprir, e com razão, seu horário de trabalho, deixando a pé e na mão os que deles dependem.
Há quem sinta falta da saudosa “perua”, que foi a antecessora do “jacaré”; há os que torcem pela substituição imediata dos atuais espécimes, por outros mais novos, seguros, e cumpridores de seus horários; e outros mais cruéis, acham que o melhor para os crocodilianos é um merecido descanso na “cidade dos pneus juntos”, isto é, num tranqüilo e enferrujado ferro velho.
É preocupante imaginar o velho “Jaca” desgovernado despencando sem breque por entre as curvas da zona sul do Paraíso das Águas Cristalinas.
Cada vez mais intenso é o tráfego de veículos pesados no seu itinerário, pondo em risco a sua integridade e as vidas humanas que dele depende.
sábado, 13 de março de 2010
Cães que matam
(Jornal Cachoeiras em 13/03/2010)
O coliseu foi palco de sangrentos combates quando os romanos levaram para o Império o pesado Mastiff inglês no primeiro século cristão para serem utilizados em confrontamentos com leões, texugos, ursos e macacos. Descendente do Old English Mastiff, o Bulldog inglês já mostrava semelhança com o atual Pit Bull.
Em Dog pits, famosa arena de cães em Londres do século XIX, o Old Bulldog era utilizado em sangrentos combates com outros cães e touros, para o deleite dos sádicos malucos daquela época.
Muitos sucumbiam pisoteados ou com as vísceras expostas pelas dilacerantes chifradas. Os touros, muito lentos ou cansados eram esbraseados com tochas, feridos com lanças ou tinham suas caudas quebradas para que continuassem no jogo. Vários cães eram utilizados nesses confrontos, que às vezes duravam horas.
Apesar de agressivos com outros animais os bulldogs eram muito lentos. Com intuito de eliminar esta característica indesejável, os criadores da época cruzaram-no com os destemidos Terriers, pela sua agilidade e determinação, originando o Pit terrier, Half and half, American Staffordshire e o Pit Bull Terrier.
Os ancestrais imediatos do Pit Bull são originários da Inglaterra e Irlanda do século XIX. Os americanos após muitos cruzamentos conseguiram um animal mais pesado, o American Pit Bull Terrier.
O Pit Bull é um animal que precisa de muito exercício físico, racionalidade e adestramento precoce, para evitar desvios de comportamento. Se tratado com afeto e humanidade, apesar de seu passado, é um animal leal, seguro, dócil e excelente cão de guarda e companhia.
Muitos confundem o Pit Bull com o Bull Terrier, o Bulldog Americano e o American Staffordshire, provavelmente devido à ancestralidade comum a essas raças.
O coliseu foi palco de sangrentos combates quando os romanos levaram para o Império o pesado Mastiff inglês no primeiro século cristão para serem utilizados em confrontamentos com leões, texugos, ursos e macacos. Descendente do Old English Mastiff, o Bulldog inglês já mostrava semelhança com o atual Pit Bull.
Em Dog pits, famosa arena de cães em Londres do século XIX, o Old Bulldog era utilizado em sangrentos combates com outros cães e touros, para o deleite dos sádicos malucos daquela época.
Muitos sucumbiam pisoteados ou com as vísceras expostas pelas dilacerantes chifradas. Os touros, muito lentos ou cansados eram esbraseados com tochas, feridos com lanças ou tinham suas caudas quebradas para que continuassem no jogo. Vários cães eram utilizados nesses confrontos, que às vezes duravam horas.
Apesar de agressivos com outros animais os bulldogs eram muito lentos. Com intuito de eliminar esta característica indesejável, os criadores da época cruzaram-no com os destemidos Terriers, pela sua agilidade e determinação, originando o Pit terrier, Half and half, American Staffordshire e o Pit Bull Terrier.
Os ancestrais imediatos do Pit Bull são originários da Inglaterra e Irlanda do século XIX. Os americanos após muitos cruzamentos conseguiram um animal mais pesado, o American Pit Bull Terrier.
O Pit Bull é um animal que precisa de muito exercício físico, racionalidade e adestramento precoce, para evitar desvios de comportamento. Se tratado com afeto e humanidade, apesar de seu passado, é um animal leal, seguro, dócil e excelente cão de guarda e companhia.
Muitos confundem o Pit Bull com o Bull Terrier, o Bulldog Americano e o American Staffordshire, provavelmente devido à ancestralidade comum a essas raças.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
O velho candeeiro
(Jornal Cachoeiras em 20/02/2010)
Se não bastasse a crônica escuridão política e moral na qual estamos submersos, voltamos ao velho tempo do candeeiro, fruto do descaso e da indiferença da concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica, que todo mês dá um iluminado choque em nossos bolsos nos vendendo caro este serviço tão essencial.
O apagão, que acontece quase que diariamente, afeta a todos; deixa revoltadas as noveleiras de carteirinha, os fanáticos torcedores de futebol, os globalizados internautas, além dos que tem seus aparelhos eletrodomésticos danificados. Também deixam em pânico os escotofóbicos, nas trevas o comércio com o escurecimento dos seus lucros e todos os que amplamente dependem dos volts e das amperagens geradas, principalmente quando o sol de põe.
“Iluminados” ficam os seres da noite, os sorrateiros noturnos, os gatunos de ocasião, os eletrofóbicos, além dos que se deleitam com a energia transcendental se entregando poeticamente às luzes dos astros e estrelas, sem falar dos caçadores de óvnis, dos pesquisadores de pirilampos, dos seres das trevas e de outras coisas mais...
Com toda energia popular neles concentradas, nossos representantes eleitos pelos volts, ou melhor, pelos votos, deveriam emergir da escuridão e com as suas espadas ígneas iluminar essa penumbra para que os candeeiros permaneçam somente como ornamentos de nossas salas de estar.
Se não bastasse a crônica escuridão política e moral na qual estamos submersos, voltamos ao velho tempo do candeeiro, fruto do descaso e da indiferença da concessionária responsável pela distribuição de energia elétrica, que todo mês dá um iluminado choque em nossos bolsos nos vendendo caro este serviço tão essencial.
O apagão, que acontece quase que diariamente, afeta a todos; deixa revoltadas as noveleiras de carteirinha, os fanáticos torcedores de futebol, os globalizados internautas, além dos que tem seus aparelhos eletrodomésticos danificados. Também deixam em pânico os escotofóbicos, nas trevas o comércio com o escurecimento dos seus lucros e todos os que amplamente dependem dos volts e das amperagens geradas, principalmente quando o sol de põe.
“Iluminados” ficam os seres da noite, os sorrateiros noturnos, os gatunos de ocasião, os eletrofóbicos, além dos que se deleitam com a energia transcendental se entregando poeticamente às luzes dos astros e estrelas, sem falar dos caçadores de óvnis, dos pesquisadores de pirilampos, dos seres das trevas e de outras coisas mais...
Com toda energia popular neles concentradas, nossos representantes eleitos pelos volts, ou melhor, pelos votos, deveriam emergir da escuridão e com as suas espadas ígneas iluminar essa penumbra para que os candeeiros permaneçam somente como ornamentos de nossas salas de estar.
domingo, 14 de fevereiro de 2010
Osso com angu
(Publicado no Jornal Cachoeiras em 13/02/2010)
Antes do advento da ração o bofe com fubá era a alimentação da grande maioria de cães e gatos. Nos finais de semana às vezes rolava sobra de churrasco e um osso de pernil sem o pernil, naturalmente.
O pulmão ou bofe é um tecido esponjoso, bem pobre em proteínas. No angu mais parece pedaços de esponja boiando numa amarela e pálida papa onde só rola carboidratos.
Essa de que cachorro adora osso é historia pra boi dormir, se lhe oferecêssemos a carne e ficássemos com o osso, ele adoraria a idéia.
Mas nem todos caíam no angu, só a maioria excluída; os mais sortudos degustavam carne magra, galinha sem aquele perigoso osso farpado, frutas não cítricas, arroz, pão integral dormido, fígado temperado e macarrão com semolina, e nos finais de semana picanha na chapa com arroz.
Atualmente existe uma gama de alimentos industrializados, ricos em proteínas de alta qualidade, vitaminas, aminoácidos, minerais quelados e fatores antioxidantes. E tantos outros com fibras indigestas, quase nenhuma vitamina e proteína de origem duvidosa, sem falar nos conservantes, pigmentantes, aglutinantes, acidulantes e estabilizantes.
Uma boa nutrição é base para uma vida saudável e a escolha de uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é vital para o desenvolvimento físico e mental do seu animal.
Processos alérgicos, distúrbios digestivos e outras doenças vinculadas à alimentação podem ter relação com a má qualidade de algumas rações. Há relatos de entrarem na sua composição bico, unha, cabeça, pescoço e patas de galinha, ossos, unhas, fetos abortados, cabelos e outras proteínas de baixa qualidade. Sem contar com o milho, a soja e o trigo, fontes de proteínas indigestíveis para os cães e gatos e causa de problemas renais.
A propósito tenha um bom carnaval e atenção com o que come na rua. Peixe morre é pela boca.
Antes do advento da ração o bofe com fubá era a alimentação da grande maioria de cães e gatos. Nos finais de semana às vezes rolava sobra de churrasco e um osso de pernil sem o pernil, naturalmente.
O pulmão ou bofe é um tecido esponjoso, bem pobre em proteínas. No angu mais parece pedaços de esponja boiando numa amarela e pálida papa onde só rola carboidratos.
Essa de que cachorro adora osso é historia pra boi dormir, se lhe oferecêssemos a carne e ficássemos com o osso, ele adoraria a idéia.
Mas nem todos caíam no angu, só a maioria excluída; os mais sortudos degustavam carne magra, galinha sem aquele perigoso osso farpado, frutas não cítricas, arroz, pão integral dormido, fígado temperado e macarrão com semolina, e nos finais de semana picanha na chapa com arroz.
Atualmente existe uma gama de alimentos industrializados, ricos em proteínas de alta qualidade, vitaminas, aminoácidos, minerais quelados e fatores antioxidantes. E tantos outros com fibras indigestas, quase nenhuma vitamina e proteína de origem duvidosa, sem falar nos conservantes, pigmentantes, aglutinantes, acidulantes e estabilizantes.
Uma boa nutrição é base para uma vida saudável e a escolha de uma alimentação balanceada e rica em nutrientes é vital para o desenvolvimento físico e mental do seu animal.
Processos alérgicos, distúrbios digestivos e outras doenças vinculadas à alimentação podem ter relação com a má qualidade de algumas rações. Há relatos de entrarem na sua composição bico, unha, cabeça, pescoço e patas de galinha, ossos, unhas, fetos abortados, cabelos e outras proteínas de baixa qualidade. Sem contar com o milho, a soja e o trigo, fontes de proteínas indigestíveis para os cães e gatos e causa de problemas renais.
A propósito tenha um bom carnaval e atenção com o que come na rua. Peixe morre é pela boca.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
O cão quase perfeito
(Publicado no Jornal Cachoeiras em 06/02/2010)
A fama de cão nazista fez com que perdesse a identidade e fosse rebatizado com o nome “pastor alsaciano”. Só em 1930 o Kennel Club permitiu novamente o nome pastor alemão. A animosidade no pós-guerra fez com que o pastor fosse evitado pelos países aliados, quando França e Inglaterra fecharam-lhe o acesso às suas fronteiras.
Na primeira grande guerra foi “cão alarme” e mensageiro, na segunda seu trabalho foi bem mais aturado, explodir minas e atacar o inimigo no “front”.
Os atuais pastores alemães descendem da intersecção de cães de pastoreio das Saxônias, da Germânia Meridional e de outras províncias. Por milhares de anos os alemães aprimoraram seus cães e, de prole em prole, chegaram ao primeiro da raça apresentado em 1882 por Max Von Stephanitz numa feira de eventos em Hannover.
É tido como o melhor cão adestrável e segundo “A inteligência dos Cães” de Stanley, o 3º mais atilado das quase oitenta raças estudadas.
Por sua bravura, lealdade e caráter incorruptível, se tornou o mais popular e admirado cão em todo mundo.
Congrega várias aptidões além do pastoreio: busca e salvamento, guarda companhia, guia de cego, guerra, polícia, além de um excelente farejador graças ao olfato extremamente aguçado.
Cinza, preto, amarelo e manto negro (capa preta), são as cores mais encontradas; o branco não é permitido pelos padrões da raça.
Dentre os pastores alemães famosos destacam-se Rin-tin-tin, companheiro fiel do Cabo Rusty; Lobo, do Vigilante Rodoviário; Jerry Lee do filme K-9; a inseparável Blondi que Hitler envenenou antes de se matar e Brenda Von Kinder do dedicado Boné.
As melhores características e aptidões da espécie canina estão concentradas neste versátil animal.
www.bichopuy.blogspot.com ronaldorvt@yahoo.com.br
A fama de cão nazista fez com que perdesse a identidade e fosse rebatizado com o nome “pastor alsaciano”. Só em 1930 o Kennel Club permitiu novamente o nome pastor alemão. A animosidade no pós-guerra fez com que o pastor fosse evitado pelos países aliados, quando França e Inglaterra fecharam-lhe o acesso às suas fronteiras.
Na primeira grande guerra foi “cão alarme” e mensageiro, na segunda seu trabalho foi bem mais aturado, explodir minas e atacar o inimigo no “front”.
Os atuais pastores alemães descendem da intersecção de cães de pastoreio das Saxônias, da Germânia Meridional e de outras províncias. Por milhares de anos os alemães aprimoraram seus cães e, de prole em prole, chegaram ao primeiro da raça apresentado em 1882 por Max Von Stephanitz numa feira de eventos em Hannover.
É tido como o melhor cão adestrável e segundo “A inteligência dos Cães” de Stanley, o 3º mais atilado das quase oitenta raças estudadas.
Por sua bravura, lealdade e caráter incorruptível, se tornou o mais popular e admirado cão em todo mundo.
Congrega várias aptidões além do pastoreio: busca e salvamento, guarda companhia, guia de cego, guerra, polícia, além de um excelente farejador graças ao olfato extremamente aguçado.
Cinza, preto, amarelo e manto negro (capa preta), são as cores mais encontradas; o branco não é permitido pelos padrões da raça.
Dentre os pastores alemães famosos destacam-se Rin-tin-tin, companheiro fiel do Cabo Rusty; Lobo, do Vigilante Rodoviário; Jerry Lee do filme K-9; a inseparável Blondi que Hitler envenenou antes de se matar e Brenda Von Kinder do dedicado Boné.
As melhores características e aptidões da espécie canina estão concentradas neste versátil animal.
www.bichopuy.blogspot.com ronaldorvt@yahoo.com.br
sábado, 23 de janeiro de 2010
Percepção animal
Zoopsiquismo: percepção animal
Os animais possuem percepção extra-sensorial, o que na maioria humana encontra-se enfrascada, e segundo os esotéricos na dependência de conhecimentos e técnicas para o seu despertar. Conseguem ler nossos pensamentos, ou melhor, sentem o contexto emocional oriundo desses pensamentos, seja de falsidade, de ódio, de afeto, de tristeza, de alegria, de amor, etc.
Cães e gatos exercem sua linguagem através de poderes sensitivos e perceptivos apuradíssimos. De nada adianta agrados e palavras suaves com o intuito de persuadi-los, eles conseguem ver o que há por de traz da máscara humana. Devemos estar atentos a qualquer pessoa que seja encarada com desconfiança por um animal, dificilmente estarão equivocados em seu julgamento.
Nos felinos essas percepções são bastante pronunciadas, não é incomum observarmos estes animais arrepiados olhando para algo aparentemente invisível.
Apesar de raro, há evidencias de “suicídio” entre os animais. Não está bem claro se neles existe o “desejo” desta depressão reativa. Mesmo não tendo uma idéia exata da morte, talvez consigam através de um estado transcendental vislumbrar o “deixar de viver”.
Muitos conhecimentos relacionados à “psique animal” foram apagados pela última Inquisição no papado de Gregório IX, com a aniquilação dos que detinham importantes conhecimentos, como os feiticeiros, bruxas e videntes. Na Grécia Antiga, importantes filósofos viviam à margem da sociedade e muito do que sabiam a respeito do zoopsiquismo, não chegou até nós. Só agora a poeira que encobre as filosofias pré-cristãs está sendo espanada e os conhecimentos dos “hereges e profanadores” estão voltando à luz do conhecimento.
(Cachoeiras Jornal 23 de janeiro de 2010)
Os animais possuem percepção extra-sensorial, o que na maioria humana encontra-se enfrascada, e segundo os esotéricos na dependência de conhecimentos e técnicas para o seu despertar. Conseguem ler nossos pensamentos, ou melhor, sentem o contexto emocional oriundo desses pensamentos, seja de falsidade, de ódio, de afeto, de tristeza, de alegria, de amor, etc.
Cães e gatos exercem sua linguagem através de poderes sensitivos e perceptivos apuradíssimos. De nada adianta agrados e palavras suaves com o intuito de persuadi-los, eles conseguem ver o que há por de traz da máscara humana. Devemos estar atentos a qualquer pessoa que seja encarada com desconfiança por um animal, dificilmente estarão equivocados em seu julgamento.
Nos felinos essas percepções são bastante pronunciadas, não é incomum observarmos estes animais arrepiados olhando para algo aparentemente invisível.
Apesar de raro, há evidencias de “suicídio” entre os animais. Não está bem claro se neles existe o “desejo” desta depressão reativa. Mesmo não tendo uma idéia exata da morte, talvez consigam através de um estado transcendental vislumbrar o “deixar de viver”.
Muitos conhecimentos relacionados à “psique animal” foram apagados pela última Inquisição no papado de Gregório IX, com a aniquilação dos que detinham importantes conhecimentos, como os feiticeiros, bruxas e videntes. Na Grécia Antiga, importantes filósofos viviam à margem da sociedade e muito do que sabiam a respeito do zoopsiquismo, não chegou até nós. Só agora a poeira que encobre as filosofias pré-cristãs está sendo espanada e os conhecimentos dos “hereges e profanadores” estão voltando à luz do conhecimento.
(Cachoeiras Jornal 23 de janeiro de 2010)
domingo, 17 de janeiro de 2010
Misteriosas luzes
(Publicado no Jornal Cachoeiras em 16/01/1910)
Luzes misteriosas apareceram principalmente no passado, em várias partes da cidade e muitos são os relatos a seu respeito, uns fantasiosos e outros nem tanto. O curioso é que em alguns casos as colocações são feitas por pessoas isentas de qualquer suspeita.
Alguém me disse em certa ocasião que presenciou essas aparições reluzentes no morro do Tuim, e não era um nem dois, mas diversos pontos luminosos de vários tamanhos e cores que se confluíam e se afastavam. De todos os pronunciamentos, alguns apresentam uma similaridade , como o modo de deslocamento e a variação brusca da intensidade de luz. Já ouvi relatos do advento desses fenômenos na Boa Vista, Boca do Mato e no Parque Santa Luzia.
O que me levou a escrever sobre o assunto, foi que também presenciei por duas ocasiões no Ganguri, quando infante e já adulto, essas estranhas luzes, e quem não me deixa mentir é o meu cunhado Marcelo Poubel, presente naquela ocasião. Por algum tempo as bolas de luz ficaram visíveis numa sinistra dança sincrônica até desaparecerem num piscar de olhos. Naquele momento pensei em se tratar de caçadores ou pessoas indo para algum lugar carregando tochas incandescentes, mas esta hipótese não mantinha coerência com a velocidade de deslocamento; seria impossível alguém se mover no meio da mata com tamanha rapidez.
Gases liberados por bactérias, plasmas, miragens, minerais fosforescentes, manifestações ufológicas, acontecimentos sobrenaturais são as inúmeras cogitações na tentativa de explicar o inexplicável.
Fenômenos parecidos têm sido relatados em vários lugares em todo mundo. Um exemplo são as luzes de Brown Montains, na Carolina do Sul que tem intrigado cientistas.
Aristóteles, em Metaurus descreve um fenômeno parecido com o Fogo de Santelmo, bastante relatado na literatura portuguesa, que deixou apreensivo muitos navegantes. Também são retratados no romance de Andy Anderson, kill one, kill two e base para o seriado de televisão Arquivo X.
Seja lá o que for, estas luzes ainda fazem parte do desconhecido e pelo jeito ficarão assim por muito tempo
Luzes misteriosas apareceram principalmente no passado, em várias partes da cidade e muitos são os relatos a seu respeito, uns fantasiosos e outros nem tanto. O curioso é que em alguns casos as colocações são feitas por pessoas isentas de qualquer suspeita.
Alguém me disse em certa ocasião que presenciou essas aparições reluzentes no morro do Tuim, e não era um nem dois, mas diversos pontos luminosos de vários tamanhos e cores que se confluíam e se afastavam. De todos os pronunciamentos, alguns apresentam uma similaridade , como o modo de deslocamento e a variação brusca da intensidade de luz. Já ouvi relatos do advento desses fenômenos na Boa Vista, Boca do Mato e no Parque Santa Luzia.
O que me levou a escrever sobre o assunto, foi que também presenciei por duas ocasiões no Ganguri, quando infante e já adulto, essas estranhas luzes, e quem não me deixa mentir é o meu cunhado Marcelo Poubel, presente naquela ocasião. Por algum tempo as bolas de luz ficaram visíveis numa sinistra dança sincrônica até desaparecerem num piscar de olhos. Naquele momento pensei em se tratar de caçadores ou pessoas indo para algum lugar carregando tochas incandescentes, mas esta hipótese não mantinha coerência com a velocidade de deslocamento; seria impossível alguém se mover no meio da mata com tamanha rapidez.
Gases liberados por bactérias, plasmas, miragens, minerais fosforescentes, manifestações ufológicas, acontecimentos sobrenaturais são as inúmeras cogitações na tentativa de explicar o inexplicável.
Fenômenos parecidos têm sido relatados em vários lugares em todo mundo. Um exemplo são as luzes de Brown Montains, na Carolina do Sul que tem intrigado cientistas.
Aristóteles, em Metaurus descreve um fenômeno parecido com o Fogo de Santelmo, bastante relatado na literatura portuguesa, que deixou apreensivo muitos navegantes. Também são retratados no romance de Andy Anderson, kill one, kill two e base para o seriado de televisão Arquivo X.
Seja lá o que for, estas luzes ainda fazem parte do desconhecido e pelo jeito ficarão assim por muito tempo
Assinar:
Postagens (Atom)