segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Viroses dos cães

Dentre as viroses contagiosas que acometem os cães a cinomose e a parvovirose são, sem dúvida, as de maior incidência e prevalência em nosso meio.
Essas enfermidades, dependendo da severidade com que atacam esses animais, podem levar a um desdobramento letal, já que sistemas importantes do organismo são afetados como o digestivo na parvovirose e o nervoso na cinomose.
O vírus da parvovirose, introduzido no país no final da década de 70, pode causar danos severos à mucosa do intestino, principalmente nos animais novos, ocasionando uma gastroenterite hemorrágica, com vômitos e diarréia sanguinolenta levando o enfermo a um quadro grave de desidratação decorrente da perda de líquidos e eletrólitos. O vírus original da parvovirose vem sofrendo mutações ao longo do tempo e conseqüentemente adaptando-se melhor ao seu hospedeiro. Este microorganismo é resistente à maioria dos desinfetantes domésticos, sendo sensível aos alvejantes à base de cloro como a água sanitária. Dentre as raças caninas, as mais susceptíveis são o Dobermann e o Rottweiler, estes animais são mais propensos a desenvolver um quadro clínico com maior severidade, assim como também os animais com baixa imunidade.
Já o agente da cinomose pode afetar diversas partes do corpo, sendo mais devastador quando se instala no sistema nervoso, onde provoca severas e irreversíveis lesões nas células nervosas. A mortalidade é alta como também as seqüelas advindas das alterações provocadas no tecido nervoso.
A profilaxia através da vacinação e a adoção de medidas sanitárias pertinentes, são indispensáveis no controle destas viroses, o que deve ser feito e programado por um profissional. Evite aplicar vacinas sem a supervisão de um médico veterinário ou com suspeita de falhas na sua conservação. Até o momento de sua utilização tem de estar sob refrigeração entre 2 e 8 ºC, fora desta faixa seu poder imunizante decresce afetando sobremaneira a sua eficácia.
Também é importante salientar que animais desnutridos, parasitados, sob stress e portadores de alguma enfermidade debilitante não devem ser vacinados até que estejam em bom estado de saúde.

Jornal A Voz da Cidade – 04/08/2007

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