segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Como adquirir um cãozinho

O cão , o gato e o homem são mamíferos tardios, nascem imaturos ficando na dependência materna durante algum tempo.
Um desenvolvimento emocional estável e uma consciente integração social são quesitos básicos para um convívio harmonioso e seguro do seu cão numa relação onde crianças, adultos e outras espécies animais estarão presentes.
O segredo para se alcançar esta estabilidade, está no curto período de socialização, que tem início em torno da quarta semana de vida, quando o filhote vivencia uma transformação abrupta, emergindo da letárgica e até traumática – dependendo da gestação e da psique da cadela - dependência materna e adentrando no mundo das descobertas e do aprendizado.
Durante esta fase o cãozinho estabelece os contatos sociais com o homem e outros animais, experiências deletérias neste parco espaço de tempo desenvolverão desequilíbrio comportamental e outras seqüelas que fatalmente aflorarão na sua vida adulta.
Cães que não tem contato com seres humanos até o quarto mês de vida, mostram-se arredios e inabordáveis com as pessoas. Se essa falta de contato for com outros animais é bastante provável que a insociabilidade com seus congêneres e indivíduos de outras espécies aconteça.
Ao adquirir um filhote, a idade é um fator bastante relevante quando se deseja criar um animal sem transtornos de conduta. O melhor período para a sua aquisição é após o desmame - entre a sexta e a décima semana de idade – quando o aprendizado com a mãe e irmãos já se consumou. O bebê-cão a partir daí atravessará um trecho crítico da fase de socialização onde os acontecimentos deixam marcas psicológicas que influenciarão sobremaneira na edificação do seu caráter. Este curto período se estende até o terceiro mês de idade.
Filhotes que nesta fase recebem uma educação consciente, racional e não passam por episódios traumatizantes geralmente serão mais amistosos, se adequarão melhor ao convívio doméstico e serão mais facilmente adestráveis.
Durante a socialização algumas medidas devem ser adotadas com o intuito de adequar o animal ao convívio com aqueles que vão cuidar da sua saúde, como os médicos e enfermeiros e com os procedimentos relacionados à atividade veterinária.
Neste período o contato freqüente com o profissional e as práticas adotadas nas clínicas e consultórios tem de ser apresentadas ao filhote, para que a relação paciente-médico seja prazerosa, sem traumas e assentada no respeito e na confiança.

Jornal a Voz da Cidade – 09/12/2006

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