domingo, 13 de dezembro de 2009

Caronas do carraparo

Diversos seres inferiores atacam os animais em seus ambientes. Alguns são bem chegados ao vampirismo, como as pulgas, os mosquitos e os carrapatos. Eles não só sugam com voracidade o precioso sangue do seu animal como deixam no seu corpo, a reboque, mortíferos microorganismos.
O carrapato Rhipicéphalus sanguíneos é o que mais preocupa, por transmitir através da saliva os agentes da Babesiose e da Erliquiose, enfermidades de sombrio prognóstico.
O protozoário Babesia entra na circulação do animal irrompendo maciçamente os seus glóbulos vermelhos, provocando hemorragias e uma profunda anemia hemolítica, de curso gravíssimo.
A bactéria Ehrlichia, introduzida na corrente sanguínea através da picada do carrapato adentra nos glóbulos brancos, afetando os rins, os pulmões, o fígado, os gânglios e a medula óssea onde provoca uma hipoplasia com inibição da produção das hemácias e grave anemia aplástica.
A precocidade no diagnostico e instituição do tratamento adequado muda sobremaneira o curso da doença. A demora na detecção do problema reduz drasticamente as chances de cura. Um animal pode portar os dois males simultaneamente tornando o prognóstico bastante grave.
Quem tem um animal em casa deve ficar atento quanto à presença de carrapatos no ambiente, e adotar medidas que impeçam a sua proliferação. Uma fêmea pode gerar centenas de dependentes em um breve espaço de tempo, se existir um cão por perto invariavelmente será atacado por um voraz exército de jovens carrapatos ávidos pelo néctar vermelho da vida.
Converse com seu veterinário com relação aos meios e métodos de controlar esses parasitas.

Jornal Cachoeiras – 10/10/2009

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