segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cães inteligentes

Evidências de traços de argúcia nos cães são observados por muitos que se dedicam ao estudo do mundo canino e pelos que de uma maneira ou outra, mantém um estreito vínculo com esta espécie animal.
Atitudes e comportamentos, que mostram inteligência, discernimento e emotividade na espécie, têm sido descritos por muitos etólogos e pelos que estudam a psicologia animal. Com o avanço das pesquisas, o âmago psíquico dos cães vem sendo vasculhado e muito ainda tem para ser desvendado.
Não é por acaso que os caninos, dentre outras espécies, é a que mais vínculos possuem com os humanos, compartilhando de várias maneiras do seu mundo, no campo das relações, da psicologia e quem sabe até espiritualidade.
Existem cães neuróticos, felizes, deprimidos, alegres, etc. e acredito que, sentimentos tidos como exclusivos do homem como ódio, ciúme, inveja, raiva, desejo e amor também fazem parte da psique dos canídeos.
A capacidade intelectiva do Borden collie, tido como o “Einstein canino”, seguido do Poodle, Pastor alemão, Golden retrivier e Dobermann são inegáveis. São considerados por Stalen Coren, como sendo as raças mais inteligentes da espécie. É evidente que é uma regra variável, existem muitos “vira-latas” inteligentíssimos.
Segundo o pesquisador o Labrador ocupa a 7ª posição, Rottweiler a 9ª, o Pastor belga a 15ª, o Cocker spaniel a 20ª, o Yorkshire terrier a 27ª, o Dálmata a 39ª, o Husk siberiano a 45ª, o Boxer e o Dog alemão a 48ª, o Old inglish sheep dog a 63ª, o São Bernardo a 65ª e o Afgan a 79ª nas 133 raças analisadas. Mais de duzentos juízes de prova do AKC participaram desta pesquisa, fundamentada na inteligência funcional das raças, na facilidade com que aprendem comandos, absorvem adestramento e executam trabalhos.
Talvez com o entendimento que teremos no futuro sobre a alma canina, a compreensão e o respeito a esta tão importante espécie serão praticados e os erros e barbáries, até então cometidos, serão reparados.
Foi preciso quase levar as baleias ao extermínio para que entendêssemos a sua importância na vida do planeta. A “orca” foi chamada de assassina porque matava para sobreviver como ainda fazemos com porcos, bois, cabritos, galinhas, coelhos, etc. Este cetáceo é hoje, como o cão e o golfinho, utilizado com sucesso na terapia de distúrbios psíquicos humanos.
Os cães ainda padecem muito em decorrência da irracionalidade humana. São descartados, maltratados e abandonados quando não convém em um determinado momento; ou porque deixaram de ser o filhote engraçadinho, ou porque não era o brinquedo que o filho queria, ou porque ficaram doentes, ou porque a raça saiu de moda, e vai por aí a fora.
Mísera espécie humana de enfrascada consciência, ainda busca vidas em outros planetas. Será que é para desrespeitá-las também?

Jornal A Voz da Cidade – 06/10/2007

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