segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Os pólvoras atacam

Estes incômodos insetos emergem de locais úmidos, bananeiras, pedras, pedaços de paus, rios, cachoeiras, gramados e matéria orgânica em decomposição. Em quase todo o município é grande a sua densidade, decorrente da alta umidade e calor, característica de nossa região em determinada época do ano. De hábito diurno estes dípteros Culicóides da família Ceratopagonidae exercem a hematofagia não com intuito alimentar - pois seu cardápio é constituído basicamente de extratos vegetais - mas para maturar os seus ovos. Seus predadores naturais provavelmente são os anfíbios e as aves.
Também conhecido como mosquito pólvora, atacam principalmente no crepúsculo e sua picada é bastante dolorosa devido a uma proteína encontrada em sua saliva. São chamados de pólvora porque a dor que provoca no local se assemelha a um fósforo acesso em contato com a pele.
Por serem muito pequenos passam despercebidos e voam pouco não se distanciando muito do seu criadouro.
Além do incômodo doloroso podem transmitir algumas enfermidades durante o repasto sanguíneo. No Norte do país é responsável por epidemias pelo vírus Oropouche que provoca dores no corpo, estado febril e fotofobia. Em locais endêmicos pode veicular a Filariose e são responsáveis pela transmissão do blue tang nos bovinos e ovinos.
Seu controle é bastante difícil principalmente em áreas abertas. Para se proteger de seu ataque não é utilize coletes ou carros blindados, coloque telas finas nas portas e janelas, vista calças e camisas de manga comprida, pulverize inseticidas no horário de maior atividade, instale mosquiteiros e aplique repelentes nos braços e pernas. Uma receita caseira para aliviar a coceira e minimizar a vermelhidão provocada pelo pólvora é aplicar no local uma pasta espessa de maizena com vinagre.

Jornal A Voz da Cidade – 14/04/2007

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