segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cuidado com os gatos

A esporotricose ou mal das garras é uma enfermidade transmitida aos humanos pelos gatos. Atualmente ocorre de forma quase epidêmica na cidade do Rio de Janeiro e municípios vizinhos. É também conhecida como a “doença da roseira”, pois o contágio também acontece através de ferimentos provocados pelos espinhos quando do manuseio dessas rosáceas contaminadas pelo fungo Sporotrix schenkii. Nos gatos a doença pode se manifestar de forma grave e fatal, os proprietários desses animais devem ficar atentos a feridas que apesar de tratadas não cicatrizam. No homem a maioria dos casos é benigna, isto é, sem danos relevantes a saúde, restringindo-se à pele, tecido subcutâneo e sistema linfático. Embora esteja ocorrendo um forte envolvimento do gato nesta epidemia a forma clássica da infecção é pelo contato de vegetais e solo contaminados
O gato adquire a doença através do solo rico em matéria orgânica e plantas portadoras do microorganismo, quando utiliza suas garras arranhando os troncos, ou cobrindo seus dejetos e pelas arranhaduras ou mordidas contraídas em contendas com outros animais. O Sporotrix chega ao organismo humano através de soluções de continuidade na pele resultante de arranhadura e mordida provocada por estes felinos.
Outra enfermidade, a toxoplasmose, tem os gatos como hospedeiros definitivos. O contágio se dá através de seus dejetos que pode conter as forma esporulada deste cosmopolita protozoário. A contaminação desses animais se dá através da predação ou ingestão de carcaças animais contaminadas. Naturalmente gatos que se alimentam exclusivamente de rações ou outros produtos industrializados não albergam a toxoplasmose.
Graciosos, inteligentes e independentes os gatos conquistam cada vez espaço no habitat humano, partilhando intimamente do ambiente doméstico e naturalmente tendo uma estreita relação com seus habitantes colocando-os em situação de risco quanto às zoonoses, que são moléstias comuns a homens e animais.
Em benefício da preservação da saúde desta relação é imprescindível que, estes animais sejam permanentemente monitorados, vacinados e os locais por eles freqüentados desinfetados, o que deve ser feito sob orientação do médico veterinário de sua confiança.

Jornal A Voz da Cidade – 01/12/2007

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