segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Balaio de gatos

Amados por uns e odiados por outros os gatos são animais fenomenais, ágeis, misteriosos, surpreendentes, independentes e bastante inteligentes. Dos mamíferos são tidos como os maiores predadores pela forma, sagacidade e diversidade de vítimas que abatem.
Os primeiros mamíferos – os Creodontes – habitaram a Terra há aproximadamente 50 milhões de anos, após o fim do período jurássico. O Miacis é o ancestral dos felinos, ursos, cães e outros canídeos e uma das suas ramificações deu origem ao primeiro gato – o prociluris – e como conseqüência o Felis lunensis pai dos atuais gatos selvagens. Do grupo dos Pseudaelurus surgiram os ancestrais do atual gato doméstico que pertence à família Felidae. O nome gato vem de “quttah”, palavra de etimologia árabe.
Os gatos são animais bastante excêntricos, alguns adultos e nunca os filhotes da primeira infância, apreciam o “catnip”, uma erva que possui uma substância oleosa denominada hepetalactone, que lhes proporciona um estado de semiêxtase e euforia. A gatária ou erva-do-gato como também é conhecida, está para o gato assim como a maconha está para o homem. Este óleo entra na confecção de muitos produtos e brinquedos destinados a esses felinos, também é utilizado no reumatismo e como repelente de insetos.
Possuem o hábito de afiar as unhas em sofás, árvores e outros objetos. É uma forma de manterem suas garras em dia, trocar as antigas e delimitarem seu território. Seus olhos brilham no escuro, isto acontece porque por de traz de sua retina existe uma camada de células refletoras – o tapetum lucidum - que reflete a luz recebida através da retina sendo vista em suas midriáticas pupilas, acentuando sua visão noturna.
Um gato nunca ronrona para outro gato, só o faz para o homem. Na maioria das vezes quando está feliz ou relaxado, com o intuito de lhe chamar a atenção.
Existem várias teorias para explicar o ronronar. Desde falsas cordas vocais até aumento de fluxo sanguíneo que provoca um ruído turbulento ressonando no seu diafragma.
Não transmitem asma como muitos pensam. No ato freqüente de lamber deixam na sua pelagem junto com a saliva uma proteína que se aspirada desencadeia crises nos portadores de asma. Banhos regulares diminuem a concentração desta substância nos pêlos, tornando-os menos incômodos aos alérgicos. Crianças que convivem com os gatos desde a tenra infância adquirem uma certa imunidade a este alérgeno.
“A noite todos os gatos são pardos. Levar gato por lebre e fazer de gato sapato, berrando como gata no cio provoca um balaio de gatos. Se não tem cão cace com gato, e quando o gato sair e os ratos fizerem a festa não é porque não se agüenta o gato pelo rabo”.

Jornal a Voz da Cidade – 25/11/2006

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