segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Vida de gato

Os gatos atuais (Felis catus) são originários da aproximação do gato selvagem africano (Felis libyca) com o homem, ocorrida há aproximadamente 9000 anos no Mediterrâneo. Essa proximidade deveu-se, provavelmente, à sua eficaz capacidade predatória com relação aos ratos que infestavam os lugarejos daquela época.
É provável que nos países do hemisfério civilizado, a utilização de gatos como animais de companhia aumentem consideravelmente, devido a sua notável adaptação aos espaços reduzidos como os apartamentos e pequenas moradias, comuns nos grandes conglomerados humanos e por melhor tolerar a ausência prolongada de seus donos. Em alguns lugares da Europa e nos Estados Unidos a população de gatos domésticos aproxima-se e até supera a de cães.
Muitos pesquisadores defendem a tese de que a domesticação desses animais, que teve inicio a cerca de 5000 anos, ainda não se completou e que muitas características desta relação ainda serão evidenciadas
Até o momento existem poucas informações sobre o comportamento destes felinos, a sua dinâmica populacional mostrará, com o tempo, características que fortalecerão o entendimento de sua organização social e comportamental.
Não são incomuns queixas relacionadas à conduta dos gatos, como urinar em local inadequado, contenda com indivíduos da mesma espécie, arranhaduras em móveis, saídas noturnas e caça, muita das vezes predatória, causando impacto na fauna local. A maioria dessas manifestações não representa desvio de conduta ou alterações de comportamento, são processos naturais da vida de relação desses bichanos.
Para que o gato não seja um desconforto doméstico, podem ser adotadas medidas voltadas a desviar estes comportamentos incômodos para locais e situações desejadas, como por exemplo a inclusão de um pequeno tronco de madeira no quintal para aliviar a pressão sobre os móveis. A castração pode minimizar as brigas de caráter sexuais e evitar ninhadas indesejadas.
Deve-se dar atenção devida à fase de socialização que se estende até o segundo mês de vida do filhote. O comportamento predatório pode ser evitado não permitindo o contato do gatinho com suas possíveis presas, principalmente neste período.
O gato é um animal interessante, amigo, sagaz, limpo, sensível e dotado de percepções que transcendem a nossa dimensão. Entendê-lo e amá-lo também faz parte da evolução humana.

Jornal A Voz da Cidade – 21/07/2007

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